A guerra aeronaval brasileira vai mudar de patamar. No último dia 28, o anúncio da escolha das empresas que vão construir as quatro corvetas da classe Tamandaré para a Marinha do Brasil significou, igualmente, a certeza de que o país passará a contar com sistemas de defesa antiaérea de ponta.
Cada uma das quatro corvetas terá um radar Artisan 3D, semelhante ao disponível no Porta-Helicópteros Atlântico e atualmente a principal ferramenta da Marinha do Brasil para detectar ameaças aéreas e vetorar os caças AF-1 Skyhawk ou aeronaves da Força Aérea Brasileira. Em qualquer cenário de guerra brasileiro, seja contra outras marinhas ou forças aéreas, a diferença estratégica é significativa. O nível de treinamento dos pilotos também deve avançar.
Em termos de armamentos, cada corveta deverá contar com um canhão 40mm, capaz de ser usados contra alvos aéreos. Porém, o destaque no cenário ar-ar será uma bateria de mísseis Sea Ceptor. Nova, a arma está em serviço apenas em navios da Royal Navy, mas já foi encomendada por Chile, Itália, Nova Zelândia, Espanha e, claro, o Brasil.
Fabricado pela MBDA, o Sea Ceptor tem um alcance máximo de 25 km, podendo atuar contra caças, helicópteros ou mesmo mísseis voando a baixíssima altura sobre o mar. Lançado verticalmente, dá uma cobertura de 360º em torno do navio.
Os quatro navios da Classe Tamandaré devem ser entregues entre 2024 e 2028. Embraer, Atech, Thyssenkrupp formam o consórcio, que subcontrata o Estaleiro Aliança (Oceana/Grupo CBO), Atlas Elektronik e L3 MAPPs. Com 3.455 toneladas de deslocamento e velocidade máxima de 14 nós, cada navio poderá levar um helicóptero Wild Lynx.
Só falta confirmar um sistema VLS com no mínimo, 16 células. 12 é pouco!!!