AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Brasil trabalha para vender o KC-390

Embraer KC-390
Embraer KC-390 em voo. Foto: Sgt Bruno Batista / Força Aérea Brasileira

O governo de Jair Bolsonaro tem um novo foco na área de defesa: conquistar exportações para o jato KC-390, desenvolvido e produzido pela Embraer. Com a expectativa de ser recebida pela Força Aérea Brasileira já na Semana da Pátria, e com uma encomenda de cinco unidades para Portugal, a aeronave tem sido oferecida internacionalmente, com destaque para Hungria, Polônia e Itália. Esses três países foram visitados em maio pelo Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A venda dos aviões estava na pauta das conversas.

A maior expectativa é com a Hungria. Em janeiro, o primeiro-ministro Viktor Orbán esteve em Brasília para a posse de Jair Bolsonaro. Só em 2018 o PIB do país do Leste Europeu cresceu 4,8%, o que tem significado também investimentos fortes na área de defesa. Nesta última semana, o Senado aprovou o nome do diplomata José Luiz Machado e Costa, indicado por Bolsonaro para assumir a Embaixada em Budapeste. Há o planejamento de uma visita do presidente brasileiro ainda em 2019, quando poderá ocorrer o anúncio da compra do KC-390.

A proximidade política entre os mandatários deve resultar em contratos para os países

Curiosamente, a Hungria é um dos operadores do caça Gripen, que poderão ser reabastecidos pelos KC-390. Hoje, apesar de fazer parte da OTAN, o país ainda não conta com a capacidade de reabastecimento em voo própria. É a mesma situação da República Tcheca, também operadora de Gripen, igualmente sem aviões de reabastecimento e, neste caso, participante do projeto do KC-390 por meio da empresa Aero Vodochody. Há a expectativa de os tchecos comparem pelo menos duas unidades.

Na Polônia, a Embraer é vista com bons olhos. A principal companhia aérea do país, a LOT Polish Airlines, tem 39 jatos da Embraer em operação, inclusive utilizando dois deles para transporte VIP de autoridades. Com forte expansão da sua Força Aérea, podendo inclusive vir a adquirir caças F-35, a Polônia também ainda não conta com aeronaves de reabastecimento em voo próprias, uma lacuna que poderá ser preenchida com os KC-390.

No escopo do acordo Embraer-Boeing, a divisão de aeronaves militares deverá permanecer apenas com a Embraer. Porém, no caso específico do KC-390, será um criada uma joint venture focada na exportação do jato.

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