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FAB recebe quarto Legacy 500

Foto: Fábio Maciel / DECEA

A Força Aérea Brasileira recebeu, na quarta-feira (02/10), na sede da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), a quarta aeronave Legay 500 para o Grupo Especial de Ensaio em Voo (GEIV). Designada IU-50, com matrícula 3604, a aeronave deverá ser a última a ser recebida. A intenção original era ter seis aviões, mas houve corte no contrato.

Com dois motores Honeywell HTF7500, o IU-50 tem alcance máximo de 5.787 km e precisa de apenas 1.245 metros de pista para decolar. Isso significa que pode decolar do Rio de Janeiro e realizar missões de inspeção em praticamente todos os aeródromos do Brasil, sem precisar sequer de um pouso para reabastecimento.

Foto: Fábio Maciel / DECEA

O Esquadrão, sediado no Aeroporto Santos Dumont, tem a missão de verificar a eficiência do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) para proporcionar a todas as aeronaves a operação segura em todas as fases do voo, principalmente sob condições meteorológicas adversas.Embarcado no avião, o sistema de inspeção em voo UNIFIS 3000, da NSM – Norwegian Special Mission, será capaz de aferir todos os procedimentos de navegação aérea em operação atualmente, em especial os afinados ao conceito de Navegação Baseada em Performance.

Neste caso, incluem-se os de alta precisão, como o RNP AR (Required Navigation Performance – Authorization Required). Os procedimentos do gênero, até então publicados pelo DECEA, foram homologados pelo GEIV com um piloto inspetor da unidade a bordo de aeronaves de companhias aéreas, em função indisponibilidade desa capacidade na antiga frota. O Legacy IU-50 está apto a inspecionar os auxílios e procedimentos de navegação que se fizerem necessários.

Foto: Fábio Maciel / DECEA

Outro destaque é o aumento da consciência situacional da tripulação. As telas de 15 polegadas do painel de comando (as maiores entre os jatos da classe) permitem a visualização de cartas de navegação georeferenciadas, grafismos de orientações para voo por instrumento, imagens das superfícies/relevo virtualizadas, além de outras importantes informações ao longo do voo.

O SVS – Synthetic Vision System (em português, Sistema de Visão Sintética) proporciona ao piloto uma melhor consciência da operação, sobretudo, em condições de baixa visibilidade e no sobrevoo de territórios desconhecidos. O sistema integra um banco de dados de terrenos e relevos, visualizados em tempo real, conforme a localidade da aeronave. O SVS oferece ao piloto uma visão tridimensional altamente detalhada do solo sob o seu avião, ainda que em condições de voo por instrumento com visibilidade nula.

Apesar da Unidade Aérea já operar o IU-50 há três anos, somente com o FAB 3604, por enquanto, é que o GEIV terá a possibilidade de realizar e inspecionar procedimentos conhecidos por Required Navigation Performance (RNP) 0.1 com suas próprias aeronaves. As aproximações por instrumentos RNP estão dentro do grupo de aproximações baseadas em performance (PBN, em inglês) e são o que há de mais moderno no segmento.

O contrato de desenvolvimento e aquisição é gerenciado pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC). Com o recebimento dessa aeronave encerra-se o principal ponto do objeto do contrato, que é a aquisição de quatro aeronaves certificadas na versão de inspeção em voo. As duas primeiras foram recebidas em 2016 e a terceira, em 2018. Até novembro de 2021, prazo para o término do contrato, ainda estão previstas as etapas de catalogação, treinamento de tripulantes e atualização do Computer Based Training (CBT), sistema que auxilia na formação dos tripulantes.

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