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FAB testa nova missão para drones: inspeção em voo

Foto: DECEA

O trabalho de inspeção em voo é cansativo e caro, pois exige inúmeros sobrevoos para que a precisão dos equipamentos de auxílio à navegação aérea seja comprovada. A Força Aérea Brasileira utiliza na missão os jatos IU-50, basicamente aeronaves executivas Legacy 500 transformadas em avião-laboratório. Agora, para executar o mesmo trabalho, estão em testes aeronaves remotamente pilotadas (RPA, sigla em inglês para Remotely Piloted Aircrafts) – popularmente conhecidas como drones.

No fim do mês de abril, foram realizados ensaios no Aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf, de São José dos Campos (SP), com o Precision Approach Path Indicator (PAPI) – sistema de luzes brancas e vermelhas que auxilia no pouso de aeronaves. Novos testes estão previstos para acontecer entre os dias 20 e 24 de maio.

“A aeronave comum precisa de combustível, pilotos altamente capacitados e os equipamentos que leva a bordo são caríssimos. Com os drones, conseguimos, inclusive, realizar as inspeções em condições meteorológicas mais críticas, em que a aeronave não conseguiria”, avalia o Capitão Ricardo Silva de Oliveira, especialista em controle de tráfego aéreo.

Apesar da inovação, os aviões-laboratório IU-50 ainda continuarão voando em voos de aferição de equipamentos não visuais ou em condições noturnas

Inicialmente, o projeto estuda o uso de drones em auxílios visuais, como é o caso do PAPI, mas a expectativa é de que, no futuro, os auxílios eletrônicos também possam ser abarcados. Neste ensaio, foi utilizada a câmera do drone em substituição à visão dos pilotos. Com um padrão, estabelecido a partir de cálculos, a aeronave remotamente pilotada vai a campo e faz a leitura dos auxílios à navegação. Ao cruzar os dados, ela automaticamente verifica se a informação colhida condiz com o esperado. Para aferir o PAPI, por exemplo, é sabido que, em altitude e ângulo determinados, é preciso que sejam visualizadas duas luzes brancas e duas vermelhas. Caso isso não aconteça, significa que o equipamento de auxílio precisa ser calibrado. “Os resultados que temos obtido nos ensaios têm sido melhores que o esperado”, afirma o Capitão Ricardo Silva.

Trabalharam em conjunto o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), o Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). “A dedicação incansável às atividades de pesquisa é o que permite o emprego de novas tecnologias ao longo do processo de gerenciamento da navegação aérea. Dessa forma, o DECEA garante que os recursos empregados no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileira estejam sempre entre os mais atuais e modernos disponíveis”, afirmou o Diretor do ICEA, Coronel Robson Louzada de Lima Ferreira.

Relembre a primeira inspeção do LEGACY IU-50

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