AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

USAF opta por não usar invisibilidade do F-35 no Oriente Médio

Foto da USAF mostra um F-35A reabastecendo antes de realizar um ataque no Iraque. Foto: U.S. Air Force / Sgt. Chris Drzazgowski

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) divulgou fotos do seu primeiro ataque aéreo real com aeronaves F-35A, realizado no último dia 30 de abril, contra alvos do Estado Islâmico ainda ativos no Iraque. As imagens revelam que os dois caças, que estão temporariamente operando a partir da Base Aérea de Al Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos, voaram sem se esconder dos radares, de maneira intencional.

A análise é do jornalista David Cenciotti, do site The Avionist. Ele indicou que os caças levaram mísseis AiM-9 Sidewinder sob as asas, e não dentro do porão de armas, e também os refletores de ondas de radar, pequenas aletas que são instaladas quando se deseja que o caça seja detectável por radares, como em treinamentos e voos de traslado. Os mísseis levados externamente ampliam ainda mais a assinatura radar.

Aletas são instaladas para intencionalmente deixar a aeronave detectável por radares

De acordo com Cenciotti, é provável que a escolha da configuração tenha por objetivo não permitir que as forças russas na região consigam detectar a pequena assinatura radar deixada pelo F-35A quando em configuração “stealth”. Aeronaves desse tipo não são 100% invisíveis ao radar, apenas são bastante difíceis de detectar, sendo classificados pelos sistemas atuais como meros “ruídos” no radar. Porém, a partir da análise detalhada dos voos da região, comparando com os horários de decolagem e pouso, é possível identificar qual “ruído” é, na realidade, a baixa assinatura deixada por um caça stealth, e daí programar os sistemas para identificá-los.

O temor dos EUA seria que a operação no Oriente Médio acabe por “estragar a surpresa” de como seria a baixa assinatura de radar do F-35A.

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