AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

B-52 pode ter motores iguais aos de jatos da Embraer

Boeing B-52

Os motores General Eletric CF34 poderão voar sob as asas dos bombardeiros B-52 Stratofortress da United States Air Force (USAF). A principal vantagem do modelo é estar em uso em centenas de aeronaves no mundo, o que significa uma cadeia logística ativa, além de incorporar inovações tecnológicas das últimas décadas. Entre os usuários atuais estão jatos desenvolvidos pela Bombardier, pela Comac e pela Embraer.

O CF34 é derivado do modelo militar TF34, que opera em aeronaves A-10 Thunderbolt II. A versão oferecida pela General Eletric para a USAF é derivada da CF34-10, hoje em uso nos Embraer E-190, E-195 e no jato executivo Lineage 1000.

Embraer 190

Caso a General Eletric ganhe o contrato, serão 608 unidades a serem adquiridas, com entregas até 2038. Cada B-52 tem oito motores, mas o número a ser adquirido será o suficiente para reequipar todo a frota e ainda haver reservas.

Porém, outras opções estão na mesa. A própria GE oferece o Passport, utilizado nos jatos executivos Global 7500. Já a Rolls-Royce aposta no F130, versão militar do BR700, conhecido pela operação nos jatos executivos Gulfstream, que também utilizam o PW800, outra opção, dessa vez oferecida pela Pratt & Whitney.

Desde o início dos anos 60 a frota de B-52H voa com o Pratt & Whitney TF33-PW-103, versão militar do JT3D, utilizado no antigo Boeing 707. Quando comparado com os motores atuais, o modelo é barulhento, consome muito combustível e tem manutenção complicada. A obsolescência dos motores JT3D foi um dos fatores determinantes, por exemplo, para a aposentadoria dos KC-137 da Força Aérea Brasileira. Com motores mais modernos, o B-52 pode ter um aumento de até 40% no seu alcance.

B-52 lidera voo de caças sobre o Pacífico

Ao todo, a USAF recebeu, a partir de 1954, um total de 742 bombardeiros B-52. A versão mais nova, o B-52H, teve 102 unidades recebidas entre 1961 e 1963. As aeronaves participaram de diversos conflitos, como a Guerra do Vietnan e os conflitos no Golfo, além de atuarem como meios de disuassão nuclear. Ainda hoje há cerca de 70 unidades em uso.

O B-52 Stratofortress deve voar com as cores da United States Air Force até depois de 2050, chegando a 90 anos de serviço. Na prática, os últimos tripulantes de B-52 poderão voar em uma aeronave que um dia foi voada por seus bisavôs.

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