AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA DOS ARQUIVOS DE ASAS

Desert Shield mostrou força da mobilização há 30 anos

Caças F-15 da USAF voam ao lado de um F-5 da Força Aérea da Arábia Saudita Foto: USAF

Há 30 anos, as Forças Armadas dos Estados Unidos demonstraram a capacidade de mobilização com alcance global. Após a invasão do Kuwait pelo Iraque, em 2 de agosto de 1990, a operação Desert Shield foi lançada para proteger a Arábia Saudita e outros países parceiros no Golfo Pérsico.

No dia 6 de agosto daquele ano, o Rei Fahd, da Arábia Saudita, aceitou a ajuda norte-americana. Em três meses, 250 mil militares seriam enviados pelo Pentágono. Já no dia seguinte dezenas de caças F-15 da Base Aérea de Langley partiam para a Arábia Saudita. Imediatamente foram colocados em alerta e voavam missões de alerta e de familiarização com o terreno.

Reabastecedor KC-10 apóia caças F-14 Tomcat durante voos próximos ao Iraque
Foto: USAF

Em 8 de agosto, o Iraque declarou o Kuwait como sua nova província. Um primo de Saddam Hussein foi nomeado governador. Enquanto isso chegavam ao Golfo Pérsico dois porta-aviões da US Navy, o USS Dwight D. Eisenhower e o USS Independence, ambos com caças F-14 Tomcat em sua Ala Aérea.

A mobilização continuava na Arábia Saudita. No dia 14, já operavam ali reabastecedores KC-10 e KC-135, aviões-radar E-3 AWACS e aviões de reconhecimento RC-135. No dia 15, era a data da chegada dos F-117 Nighthawk e dos F-4G Wild Weasel, estes últimos especializados em destruir sistemas de defesa antiaérea. No dia 16 era vez dos A-10 Thunderbolt II.

Caças F-117, ainda nos Estados Unidos, se preparam para o deslocamento até a Arábia Saudita
Foto: USAF

Em 21 de agosto, duas semanas após o rei da Arábia Saudita aceitar a presença de tropas americanas, o Pentágono declarou que o país estava completamente preparado contra qualquer invasão iraquiana. Caças F-16 e F-16 estavam na linha de frente da defesa aérea montada para a operação Desert Shield. Mesmo assim, a mobilização iria aumentar ainda mais ao longo dos meses.

Naquele momento, ainda não havia uma resolução das Nações Unidas pelo uso da força contra o Iraque, o que iria ocorrer somente em 29 de novembro, mas já havia a condenação da anexação pelo Kuwait e até a União Soviética demonstrou apoio à mobilização norte-americana. Nos meses seguintes o avanço diplomático formaria uma coalizão de 35 países, incluindo a Argentina. O cenário estava preparado para o fim da postura ofensiva. Entre 17 de janeiro e 23 de fevereiro de 1991, mais de 100 mil missões foram voadas sobre o território iraquiano. Foi a chamada Operação Desert Storm.

Aeronaves civis também foram utilizadas na mobilização das tropas

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