AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

EUA e Reino Unido temem que Rússia, China ou Turquia recuperem F-35B perdido

Um F-35B durante a fase de certificação do HMS Queen Elizabeth Foto: Lockheed Martin

O acidente com um caça F-35B britânico no último dia 17 não deixou vítimas: o piloto ejetou com segurança e foi recuperado no mesmo dia. Porém, agora Estados Unidos, Reino Unido e aliados da OTAN unem forças para recuperar os destroços do jato. O temor é que a Rússia ou a Turquia, ou mesmo a China, possam recuperar peças e conhecer segredos do mais caro programa de aviação de combate já desenvolvido na história.

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O acidente aconteceu em águas internacionais, no Mar Mediterrâneo, próximo ao Egito. O resultado é que nos últimos dias aumentou a presença militar na área, principalmente ao sul da ilha de Creta, que pertence à Grécia, país-membro da OTAN. De acordo com a imprensa inglesa, navios da Noruega, Espanha e Alemanha se juntaram às buscas.

O temor da comunidade de inteligência é que a Turquia – que foi expulsa do programa – possa tentar recuperar parte dos destroços com apoio russo. Esse trabalho poderia também ter a participação da China, e ser realizado a partir de embarcações identificadas como de uso civil. A região chega a ter profundidades de dois mil metros.

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Além de sensores de última geração, como radar AESA e um equipamento ótico, o F-35B é aeronave ocidental com capacidade stealth mais avançada. Para voar próximo de aeronaves russas sobre o Mar do Norte, Mar Báltico ou Oriente Médio, as forças aéreas equipadas com os F-35 chegam a instalar refletores de radar para disfarçar a capacidade furtiva e não gerar dados de inteligência para as forças russas. Há também preocupações sobre os gravadores de dados de voo do F-35 acidentado.

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A recuperação da aeronave também poderá ajudar a determinar a causa do acidente, se houve, por exemplo, uma falha no único motor. A maioria dos jatos navais, como F-18 Hornet, Rafale e os antigos F-4 Phantom e F-14 Tomcat, tinham em seus projetos a presença de dois motores, apesar de caças monomotores também terem história na aviação naval, como o A-4 Skyhawk e o Sea Harrier.

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O porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth está na fase final de uma viagem de 28 semanas, indo até o Oceano Pacífico. Estavam a bordo oito F-35B da Royal Air Force e dez do United States Marine Corps.

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