AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

FAB treina cenários de guerra assimétrica

A complexidade das missões leva ao envolvimento de meios completamente diferentes, como um caça A-1 e um avião de transporte C-105 Foto: Força Aérea Brasileira

As guerras não acontecem somente entre países. A história mostra as chamadas guerras assimétricas, quando um Estado enfrenta forças como guerrilhas ou movimentos revolucionários, por exemplo. Não há um campo de batalha bem definido e as missões se tornam complexas, como aconteceu com os Estados Unidos e seus aliados no Afeganistão, a partir de 2001. No caso da aviação, não temos caças lutando em combates aéreos, mas missões de ataque muitas vezes precisam coordenar meios aéreos bem diferentes. E é esse tipo de cenário que está no foco do Exercício Operacional Tápio da Força Aérea Brasileira: durante os meses de agosto e setembro, unidades de aviação e de infantaria vão ser testadas para missões típicas de um conflito irregular, assimétrico, regional e limitado.

Mais de 50 aeronaves serão reunidas na Ala 5, em Campo Grande (MS), entre os dias 17 de agosto e 4 de setembro. Entre elas C-130 Hércules, C-105 Amazonas, C-95 Bandeirante, avião-radar E-99, caças A-1 e A-29 Super Tucano, helicópteros H-36 Caracal, H-60 Blackhawk e AH-2 Sabre, além de aeronaves do Terceiro Batalhão de Aviação do Exército (3° BAvEx). Também haverá a integração com o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) e com os três Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAE).

Antes, entre 10 e 14 de agosto, haverá uma fase inicial no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), em Cachimbo, no Sul do Pará. Participam dois C-130 Hércules, dois C-105 Amazonas, um helicóptero H-60L Blackhawk e um U-100 Phenom. Serão realizados treinos de infiltração aérea, transporte aéreo logístico e formaturas táticas de aeronaves.

A Ala 5, em Campo Grande, se destaca por ter caças, helicópteros, aviões de transporte e de salvamento. No exercício Tápio, receberá um total de 50 aeromaves.
Foto: Força Aérea Brasileira

De acordo com a FAB, o exercício Tápio tem como objetivo fundamentar a doutrina e aprimorar a capacidade de pronta-resposta. De acordo com o Comandante de Preparo (COMPREP), Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, é importante reunir militares de diversos esquadrões para o Exercício Operacional Tápio, pois a eficácia dos treinamentos exige que as unidades operem em conjunto. “A atuação da FAB no território nacional ocorre mediante a alta capacitação doutrinária do efetivo e o EXOP Tápio permite a interoperabilidade entre unidades e aviações diferentes, como Caça, Transporte, Reconhecimento e Asas Rotativas. Por isso é fundamental todo o esforço que está sendo feito para que os meios de Força Aérea sejam treinados e preparados para os momentos em que a população brasileira necessita”, ressaltou.

Foto: Força Aérea Brasileira

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