AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Forças Armadas poderão montar Hospitais de Campanha

Militares transportam paciente durante treinamento Foto: Força Aérea Brasileira

O Ministério da Defesa ativou ontem seu Centro de Operações Conjuntar para comandar ações das Forças Armadas em todo o território nacional no combate à pandemia de Covid-19. Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira poderão instalar hospitais de campanha para auxiliar nos atendimentos.

Chamados pela sigla de HCAMP, os Hospitais de Campanha são estruturas modulares que conseguem oferecer todo tipo de atendimento médico. Uma das vantagens é a rapidez de montagem: as estruturas podem ser transportadas por aviões de transporte da Força Aérea Brasileira e serem montadas em poucos dias.

HCAMP durante treinamento militar em Minas Gerais. A estrutura é montada como um acampamento militar. Foto: Força Aérea Brasileira

Há dez anos, a FAB iniciou os atendimentos do seu HCAMP em Porto Príncipe, no Haiti, cinco dias após o terremoto que praticamente destruiu aquela cidade. Entre 17 de janeiro e 28 de maio, os militares brasileiros atenderam 24.184 pacientes. Foram realizados 200 partos e 1.145 cirurgias.

A mobilidade é outro destaque: em 2012, durante a quarta operação Ágata, a FAB montou um Hospital de Campanha em uma balsa para atender populações ribeirinhas na Amazônia. Outras situações de emprego envolveram a região serrana do Rio de Janeiro e até durante emergências de saúde por conta de epidemias de dengue.

O Ministério da Defesa, contudo, fez um alerta sobre o uso dos HCAMP. “O apoio dos hospitais de campanha será avaliado com especial cuidado. Relembra-se que os hospitais foram concebidos para emprego em operações militares e operações humanitárias, possuindo, portanto, baixa capacidade de leitos, devendo ser adaptados às condições da presente pandemia”, afirmou o Ministério em comunicado.

HCAMP montado na Amazônia em 2012
Foto: Força Aérea Brasileira

Outras missões

As Forças Armadas poderão ser empregadas também no apoio às ações federais, no controle de passageiros e tripulantes nos aeroportos, portos e terminais marítimos, e no controle de acesso das fronteiras. Unidades militares especializadas em Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) poderão ser empregadas para descontaminação de pessoal, ambientes e materiais. Além disso, Marinha, Exército e Aeronáutica poderão apoiar as triagens de pessoas com suspeita de infecção para encaminhamento a hospitais.

De acordo com o Ministério da Defesa, órgãos estaduais e municipais já solicitaram apoio. As demandas estão em avaliação.

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