AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Gripen NG testa arma três vezes mais letal que o AMRAAM

No voo de teste, o Gripen NG levou dois Meteor. Quando estiver operacional, esse número será maior

Mísseis ar-ar costumam ter uma fraqueza: o motor foguete despeja uma enorme quantidade de potência nos primeiros segundos de voo, mas logo em seguida a velocidade começa a cair. Por isso, dependendo das manobras, o alvo pode escapar de um míssil que já esteja na fase final de voo. Quem estiver sob fogo dos Gripen NG, contudo, vai enfrentar uma ameaça diferente: os mísseis Meteor têm uma “no escape zone” três vezes maior que a dos AiM-120 AMRAAAM, atual arma padrão para combate além do alcance visual (BVR) dos Estados Unidos Unidos e de boa parte dos seus parceiros na OTAN. O primeiro voo de testes do Gripen NG com o míssil Meteor foi realizado em outubro, conforme anunciado pela Saab.

O segredo do Meteor, fabricado pela MBDA, é que além do foguete propelente há também uma pequena turbina que acelera o míssil no meio do voo. A velocidade chega a passar de Mach 4.

Com alcance que pode chegar a 100 km, o Meteor tem 3 sistemas de guiagem: um datalink para receber informações de alguma aeronave aliada, não necessariamente a lançadora; um sistema de navegação inercial; e um radar ativo para as últimas atualizações do alvo. De acordo com o fabricante, o míssil tem um desempenho cinético seis vezes maior que seus concorrentes atuais.

O programa Meteor é uma das colaborações de Defesa mais bem-sucedidas da Europa, que conta com o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália, a Espanha e a Suécia. O Gripen C/D, operado pela Força Aérea Sueca, foi o primeiro caça do mundo a operar com o míssil Meteor, em 2016.

O teste com o Meteor faz parte do progresso de integração de armas no programa de ensaios do Gripen E. A próxima etapa inclui voos com diferentes configurações e a expansão gradual do envelope de voo. A aeronave Gripen E (designada 39-8) foi operada a partir do aeródromo da Saab em Linköping, na Suécia e incluiu dois mísseis Meteor.

“A aeronave continua tendo um desempenho tão bom quanto o verificado em toda a fase de ensaios em voo com cargas externas. Estou realmente ansioso para ver as próximas etapas do programa de ensaios em voo que nos aproximarão, cada vez mais, da conclusão da fase de integração de armas. O Meteor torna o Gripen NG extremamente capacitado para missões de superioridade aérea”, diz Robin Nordlander, piloto de ensaios em voo do Gripen na Saab.

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