AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Irã exibe destroços de drone espião dos EUA

Restos do RQ-4 Global Hawk

Os destroços de um drone RQ-4 Global Hawk da United States Air Force ocupam posição de destaque em uma nova exposição das forças armadas do Irã, aberta hoje em Teerã. Coube ao comandnte da Força Aérea do país, brigadeiro-general Amir-Ali Haji-zadeh, fazer a apresentação da aeronave. Em julho, o site norte-americano Forbes já havia confirmado que o Irã estava reunindo os pedaços do RQ-4 abatido.

Aeronave RQ-4 da USAF durante um treinamento nos Estados Unidos

Aparentemente, trata-se de uma coletânea de peças do RQ-4 Global Hawk abatido em 20 de junho de 2019 por uma bateria de artilharia antiaérea Sevom Khordad, sistema de defesa aérea desenvolvido no próprio Irã. De acordo com as autoridades locais, o drone de vigilância estaria a 15,3 km da costa, dentro do território do país.

Remotamente pilotado, o Northrop Grumman RQ-4 Global Hawk tem 39,9 metros de envergadura e peso máximo de 14,6 toneladas. Capaz de voar a mais de 600 km/h, voa a até 18 mil metros de altura e tem uma autonomia superior a 32 horas. A aeronave pode ser equipada com um radar de abertura sintética (SAR) e sensores de mapeamento capazes de cobrir 100.000 km² em um dia de missão.

Os Estados Unidos negam a invasão do espaço aéreo, garantindo que o voo ocorria em espaço aéreo internacional. As autoridade iranianas, por outro lado, informaram que foram realizadas duas tentativas de contato por rádio em uma frequência de emergência. De acordo com o Brigadeiro-General Amir Ali Hajizadeh, um avião de patrulha marítima P-8 Poseidon também foi detectado dentro do espaço aéreo do país, mas houve a decisão de não abatê-lo.

O presidente Donald Trump revelou posteriormente que um ataque ao Irã chegou a ser planejado, mas foi cancelado. O país acabou sofrendo novas sanções econômicas e políticas.

Leia também: Em 1988, EUA abateram avião civil iraniano

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