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Livro conta a história do Bandeirante, a aeronave que levou à criação da Embraer

Exatamente no dia em que se comemora 50 anos do primeiro voo do Bandeirante (22.10), a primeira aeronave da Embraer, o jornalista Cláudio Lucchesi anuncia o lançamento do livro “O Voo do Impossível – A História do Bandeirante, o avião que gerou a Embraer”, pela editora Rota Cultural.

Ao longo de 320 páginas, Lucchesi mostra como o Bandeirante conecta a história do Brasil com o destino aeronáutico do país (desde as primeiras tentativas de Santos Dumont) e mostra como a aeronave permitiu, em um primeiro momento, a integração do país-continente, e depois como foi capaz de gerar uma empresa do porte da Embraer. Sim, não foi uma indústria aeronáutica que produziu o Bandeirante, mas um aeronave gerou uma companhia hoje mundialmente conhecida e motivo de orgulho para muitos brasileiros.

De leitura leve e rica, o livro do jornalista Cláudio Lucchesi volta nos anos pós guerra quando países gigantescos como o Brasil, Estados Unidos, Canadá e Austrália precisavam de aeronaves seguras para lidar com um novo cenário, a urbanização acelerada havia criado a necessidade de ligação entre as cidades. O Bandeirante, fruto de muito trabalho coletivo e da obsessão de Ozires Silva, foi o modelo que conquistaria o Brasil e depois o mundo.

O modelo produzido por aqui “tornou-se o primeiro avião brasileiro certificado fora do país. O primeiro avião brasileiro operado por companhias aéreas estrangeiras, incluindo dezenas nos Estados Unidos e Europa. Também o primeiro avião brasileiro utilizado por Forças Armadas de outros países”, revela Lucchesi em “O Voo do Impossível”.

E mais, “seu programa de produção em série, parcerias com grandes fabricantes de componentes aeronáuticos foram firmadas, e muitas destas empresas vieram a se instalar no Brasil, com oficinas e fábricas. Antes de haver globalização, o Bandeirante inseriu o Brasil num dos mais seletos clubes tecnológicos globais da indústria aeronáutica.” Ao longo das páginas fica claro que foi o Bandeirante que justificou a criação da Embraer.

Para produzir o livro, Lucchesi reuniu dezenas de horas de entrevistas não apenas com o próprio Ozires Silva, mas com diversos membros da equipe de projeto e de outras áreas da Embraer, na época; além de pilotos veteranos, civis e militares, profissionais de companhias aéreas, historiadores e até aficionados, que acompanharam todo o processo de desenvolvimento da aeronave em um tempo que a tecnologia era rudimentar. Valia mesmo era o empenho pessoal e o sonho.

O livro tem ilustrações exclusivas feitas pelo artista curitibano Anderson Subtil, cujos trabalhos têm sido vistos em obras de aviação e história militar das mais prestigiadas editoras estrangeiras do ramo, como a Schiffer Books e Helion & Company. E apresentação escrita pelo Dr. Flavio Flores da Cunha Bierrenbach, eminente advogado e jurista, ministro aposentado do Superior Tribunal Militar (STM), escritor, colunista, entusiasta da história da aviação e piloto privado.

Claudio Lucchesi é um jornalista especializado em aviação e defesa. Formado pela ECA (Escola de Comunicações e Arte) da USP (Universidade de São Paulo), foi fotógrafo da Agência Estado, repórter do Jornal da Tarde e colaborador de diversos veículos de comunicação  nacionais e internacionais, como a JP4-Mensile di Aeronautica (Itália), Flieger Revue (Alemanha), Air International (Inglaterra), Flight Journal (EUA), Rotor & Wing (EUA), entre outros. Desde 2001, é editor da Revista Asas de Cultura e História da Aviação. Nascido em Guaratinguetá, conheceu o Bandeirante antes mesmo de aprender a ler e descobrir a paixão que teria por toda a vida pela aviação.

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