AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

PF, Exército e FAB concluem operação na fronteira com Venezuela

Foto: Exército Brasileiro

Entre 29 de junho e 8 de julho, 12 militares da Força Aérea Brasileira, 13 agentes da Polícia Federal, cinco policiais da Força Nacional de Segurança, quatro agentes do Ibama e um contingente da 1ª Brigada de Infantaria de Selva atuaram juntos a partir do 4º Pelotão Especial de Fronteira, localizado em Surucucu, Roraima, já próximo da fronteira com a Venezuela. O objetivo foi realizar operações contra o garimpo ilegal.

Foto: Exército Brasileiro

Os números da operação revelam o desafio logístico. A 1ª Brigada de Infantaria de Selva coordenou o suprimento de 16 mil litros de querosene de aviação e 3.356 kg de materiais, transportados pela FAB em uma aeronave C-105, com o objetivo de atender as demandas da Polícia Federal durante o período da operação. Ainda no decorrer das ações, a 1ª Brigada de Infantaria de Selva deu suporte logístico a um helicóptero H-60 Blackhawk, da FAB, deslocado de Santa Maria (RS) para apoiar as ações da PF.

Foto: Exército Brasileiro

Local estratégico

O 4º Pelotão Especial de Fronteira conta uma pista de pouso asfaltada de 1.067 metros de comprimento. Não é um local de operação fácil. Construída nos anos 80 em um terreno montanhoso, a cerca de 1.000 metros, ela sequer é plana: existe uma diferença de altura de 43 metros entre as cabeceiras. Para completar o cenário, a aeronave precisa desviar de várias montanhas próximas à pista e tanto pousos quanto decolagens costumam acontecer com vento de cauda, o oposto do ideal.

Em 2016, um C-105 Amazonas saiu da pista e não pôde mais decolar. A FAB então retirou todos os itens que podiam ser transportados, como motores, trens de pouso, hélices, assentos e equipamentos eletrônicos para serem reaproveitados no restante da frota.

Por conta da localização estratégica, a FAB não abandonou o local. Em outubro de 2018, a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) recuperou a pista. Um mês antes, o Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) desenvolveu o cenário visual da localidade e o implementou no simulador do C-105, permitindo que os pilotos pudessem treinar a missão antecipadamente e obter a experiência necessária para realizar os pousos na localidade.

A pista é também utilizável por helicópteros e aeronaves leves, como C-98 Caravan, C-95 Bandeirante, AH-2 Sabre, H-36 Caracal e H-60 Black Hawk.

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