AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Por Congonhas, Azul lança campanha contra Gol e LATAM

Airbus A320 da LATAM Brasil no terminal do Aeroporto de Congonhas (CGH/SBSP). Foto: Ariadne Barroso

“Lute pelo seu direito de escolher”. Com essa chamada, a Azul Linhas Aéreas lançou uma campanha contra o que classifica de “dupólio” da Gol e da Latam no Aeroporto de Congonhas. A Azul pede nas redes sociais para os clientes compartilharem a hashtag #vocemerecemaisazul.

De acordo com a Azul, hoje LATAM e Gol têm 236 e 234 slots no aeroporto de Congonhas, respectivamente. Juntas, têm 88% das autorizações de pouso e decolagem. Já a Azul tem apenas 26 (5%). Slot é a autorização para pousar ou decolar em um determinado horário de um aeroporto com grande tráfego aéreo, para isso sendo organizado pelas autoridades aeronáuticas.

Boeing 737 da GOL decolando do Aeroporto de Congonhas (CGH/SBSP). Foto: Ariadne Barroso

Ontem, em São Paulo, a Azul decidiu não participar do leilão dos 41 slots deixados pela Avianca, o que representa 8% das autorização para operação no aeroporto. LATAM e Gol saíram vencedoras, ampliando ainda mais a presença em Congonhas. O leilão, contudo, poderá ser anulado pela justiça, que poderá determinar que a ANAC faça a distribuição dos slots.

Em seu comunicado público, a Azul defende que “os brasileiros veem pela primeira e talvez última vez em muitos anos, a possibilidade de disponibilização de quantidade significativa de espaços de voos em Congonhas, aeroporto mais relevante da malha aérea nacional”.

A empresa, a terceira do país no mercado doméstico brasileiro, argumenta que a concentração de empresas em Congonhas é preocupante, sobretudo por ser um dos aeroportos mais rentáveis do país. “Não é coincidência o fato de que a história recente da aviação no Brasil viu muitas das empresas de atuação nacional com pouco ou nenhum acesso a Congonhas cessarem operações”, diz a companhia em seu comunicado.

Para isso, faz uma comparação internacional. A Ponte Aérea RJ-SP, por exemplo, operada entre os aeroportos de Santos Dumont e Congonhas tem 39.747 voos anuais, estando, na prática, distribuídos basicamente entre duas empresas. No Japão, os 39.406 voos anuais entre Fukuoka e Tóquio são operados por quatro companhias. Na Coreia do Sul, os 79 mil voos anuais entre Jeju e Seul ocorrem sob as cores de sete empresas.

Airbus A318 da Avianca Brasil no Aeroporto de Congonhas (CGH/SBSP). Foto: Ariadne Barroso

“A famosa ponte SP-Rio é a quarta rota mais frequente do mundo, e a que conta com menos operadores dentre os vinte maiores mercados domésticos e os dez maiores mercados internacionais do planeta. Isso é justo? É bom para o consumidor?”, questiona a Azul.

No dia 1º de maio, a Azul anunciou a sua saída da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR).

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