AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Saiba o que Força Aérea da Itália faz para combater o Corona Vírus

Com impactos econômicos e sociais já comparáveis a uma guerra, a crise desencadeada pelo Corona Vírus não pode ser combatida com aviões de caça, mísseis e bombas. Porém, a Aeronáutica Militare Italiana (AMI) realiza missões que ajudam aquele país nessa batalha que já deixou mais de 3.400 mortos. E que poderá também ser realizada por aqui, pela Força Aérea Brasileira.

Na Itália, o papel das aeronaves militares é atuar no transporte em segurança de pacientes de um hospital para outro, aliviando a pressão naqueles localizados nas regiões mais afetadas pela pandemia de Corona Vírus. Aeronaves C-130J Hércules, C-27J Spartan e HH-101 Caesar foram preparadas para transportar pacientes com a segurança biológica necessária, isto é, em total isolamento.

Um C-130J está de alerta na cidade de Pisa para realizar voos do tipo. E quatro missões foram realizadas para aliviar as condições de atendimento em Bergamo, com os pacientes sendo distrubuídos para outras partes do país. O cuidado precisa ser extremo, pois qualquer falha pode significar a criação de um surto em outra cidade. Os HH-101 voaram cinco missões até agora.

Em fevereiro, a AMI também realizou quatro missões até a China e o Japão para resgatar cidadãos italianos. Naqueles voos foram utilizados os aviões KC-767A, versão militar do Boeing 767. Se for necessário, mesmo esse avião poderá se tornar uma UTI aérea.

Além disso, em toda a Itália, o Exército, a Marinha, a Força Aérea e os Carabinieri, espécie de Guarda Nacional, disponibilizaram suas estruturas hospitalares. São ao todo 6.600 leitos distribuídos pelo país.

Brasil

Por aqui, a missão de resgate de brasileiros que estavam em Wuhan, na China, mostrou todo o profissionalismo da Força Aérea Brasileira. Um helicóptero H-60 Black Hawk chegou a ser configurado para transporte de pacientes com suspeita do vírus. Porém, nenhum dos repatriados apresentou sintomas.

Há também experiência na realização de evacuações aeromédicas. Em janeiro de 2013, após o trágico incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), um C-105 do Esquadrão Onça foi transformado na maior UTI aérea já utilizada no Brasil. O avião recebeu sete leitos, cilindros de oxigênio, desfibriladores, monitores de sinais vitais, materiais de biossegurança e um aparelho portátil de ecografia. A cada voo, uma equipe médica de 21 profissionais acompanhava os pacientes. Ao todo, a FAB transportou 52 vítimas. Todas conseguiram resistir ao transporte aéreo até Porto Alegre.

O desafio agora que se coloca diante do Brasil, agora, é a centralização dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Dos 5.570 municípios, somente 545 (9,8%) possui leitos de UTI, sendo dados de janeiro de 2020 do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). Em situações de normalidade, a prática dos pequenos municípios é transferir os pacientes mais graves para as capitais dos estados ou cidades de maior porte do interior.

E essa poderá vir a ser uma missão para a Força Aérea Brasileira.

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