O governo dos Estados Unidos deu luz verde para a Malásia adquirir do Kuwait os 33 jatos F-18C/D Hornet já retirados de serviço no país árabe. A autorização era necessária por se tratar de aeronaves de fabricação norte-americana. O mesmo processo ocorreu no fim dos anos 90, quando o Brasil adquiriu os 23 TA/A-4KU que o Kuwait havia aposentado após receber seus Hornet.
A expectativa da Malásia é a de que os jatos ainda tenham parte significativa da vida útil disponível, a exemplo do que ocorreu com os Skyhawk ainda hoje em uso pelo Brasil. Uma comitiva malaia fez uma detalhada análise dos F-18C/D e concluiu que estão, todos, em bom estado de conservação. A expectativa é a de que as entregas comecem ainda no fim de 2025.
Essas 33 aeronaves são remanescentes de um lote de 40 unidades adquiridas no início dos anos 90, logo após a Guerra do Golfo. Equipados com radares APG-79, os 31 F-18C e sete F-18D despertaram interesse da Força Aérea do Canadá, que ainda opera os CF-18, baseados nos F-18A/B, mais antigos. A Tunísia também teve interesse nos jatos.
Na Malásia, os F-18C/D vão reforçar uma frota hoje composta por 8 F-18D e 18 Sukhoi Su-30MKM. Há a expectativa de recebimento de novos FA-50M Golden Eagle, porém essas entergas serão iniciadas somente a partir de 2026. O plano é de que os FA-50 ocupem o espaço anteriormente dos BAe Hawk, enquanto os F-18 são substitutos dos MiG-29 Fulcrum já aposentados.
Enquanto isso, o Kuwait segue na revitalização da sua força aérea. O país já recebeu 22 F-18E e seis F-18F Super Hornet, além de 28 Eurofighter Typhoon, sendo estes últimos os mais avançados do mundo para o modelo. Entre as tecnologias a bordo estão radares AESA Captor-E, sensor óptico Pirate, sistema de guerra eletrônica DASS e o pod Sniper, da Lockheed Martin. Mísseis Storm Shadow e Brimstone, além de bombas JDAM e Paveway II, dão a capacidade de atingir alvos de superfície de diversos tipos. Para defesa aérea, destacam-se os AIM-120C-8.
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