AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Após tarifaço, Suíça avalia cancelar compra do F-35

F-35A Lightning II durante a Red Flag Alaska 25-3. Foto: Eli A. Rose

Dias após ser alvo de 39% no tarifaço de Donald Trump, a Suíça avalia cancelar a compra de 36 caças F-35A Lightning II. O negócio, avaliado em 6 bilhões de dólares, significaria uma tentativa de se alinhar a potências europeias, ainda que a Suíça não faça parte nem da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nem da União Europeia.

Historicamente reconhecida como um país neutro, a Suíça nunca deixou de ter forças armadas. Em ambas as guerras mundiais, o país manteve uma “paz armada”, com suas forças preparadas para defender a integridade do território, não importando quem seria o invasor. Tanto aeronaves nazistas quanto britânicas e norte-americanas foram abatidas, tanto por caças suíços quanto pela artilharia antiaérea.

Foto: Forças Armadas da Suíça

Atualmente, o país conta com cerca de 24 F-18C/D Hornet. Em 2021, o Conselho Federal anunciou a seleção do F-35. Porém, desde a chegada de Trump à Casa Branca, há rejeição pública à compra. Em abril, conforme pesquisas publicadas pelo TX Group, 82% dos suíços não aceitavam mais a compra dos jatos de origem norte-americana. Conforme as leis do país, o tema pode passar por referendo e a compra ser vetada, como já ocorreu com o Saab Gripen.

A pesquisa apontou que os suíços não desejam reduzir os gastos militares, apenas não desejam fazer um negócio bilionário com os Estados Unidos. Isto abre espaço para caças de origem europeia, caso do Dassault Rafale, do Eurofighter Typhoon e, mais uma vez, do Saab Gripen. A Schweizer Luftwaffe, a Força Aérea da Suíça, planeja voar os F-18C/D somente até 2030.

Desde que Trump chegou à Casa Branca, Portugal já anunciou que não irá prosseguir na seleção do F-35. Já o Canadá avalia reduzir a encomenda.

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