AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Onze dias após receber novo porta-aviões, China já testa novo navio aeródromo

Navio-aeródromo Sichuan. Foto: Zhang Liang

Onze dias após a incorporação oficial do seu primeiro super porta-aviões, o Fujian, o primeiro navio chinês a contar com catapultas eletromagnéticas, a China fez o primeiro teste de navegação de mais um navio-aeródromo. Trata-se do Type 076 Sichuan.

Oficialmente, o navio é classificado como uma embarcação de assalto anfíbio. Porém, com deslocamento total acima de 40 mil toneladas, supera os navios aeródromos da Itália (Cavour, 30 mil toneladas), Espanha (Juan Carlos I, 27 mil toneladas) e Japão (classe Izumo, 27 mil toneladas), estando próximo dos dois sete navios da classe Wasp, da US Navy (41 mil toneladas), e América, também da US Navy (45 mil toneladas).

Há uma grande diferença de capacidade, contudo. Enquanto os citados navios do ocidente operam apenas aeronaves de decolagem curta e pouso vertical, notadamente o Harrier e o F-35B, o Type 076 Sichuan terá a bordo uma catapulta eletromagnética. Isso permitirá o lançamento de aeronaves de asa fixa com maior peso de decolagem, o que significa mais armamento ou combustível.

Porta-aviões Fujian. Foto: Gao Zeming

Fujian

Tendo entrado em serviço operacional em 5 de novembro, o Fujian tem um deslocamento estimado em 90 mil toneladas, estando mais próximos dos porta-aviões da classe Nimitz (100 mil toneladas) do que do francês Charles de Gaulle (43 mil toneladas) ou dos britânicos HMS Queen Elizabeth e HMS Prince of Wales (72 mil toneladas). Há fontes que qualificam o Fujian como o primeiro “super porta-aviões” construído fora dos Estados Unidos. O navio tem 300 metros de comprimento e um convoo com aproximadamente 78 metros de largura.

Três aeronaves novas devem operar a partir do Fujian. O J-15T é semelhante aos Shenyang J-15 que operam a partir dos porta-aviões Liaoning e Shandong, mas pode decolar com auxílio de catapulta, uma inovação do Fujian. Também houve aprimoramentos na área de aviônicos, incluindo um novo radar AESA.

Jato de guerra eletrônca J-15DT decola do Fujian. Foto: Gao Zeming

Um segundo jato esperado é o J-15D, uma versão do J-15 especializada em guerra eletrônica. Para isso, assim como ocorre com o norte-americano EA-18G Growler, baseado no F-18 Super Hornet, o J-15D leva pods eletrônicos e outros sistemas a bordo. A capacidade de combate será reduzida, mas o jato permanecerá apto a se proteger contra outros caças.

Por fim, o Fujian contará com os J-35, aeronave comparável ao norte-americano F-35, especialmente por também apresentar características stealth. Também será possível operar com o avião-radar KJ-600, comparável ao E-2 Hawkeye. Já o Z-20 é um helicóptero multifuncional.

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Humberto Leite

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