Proibida por décadas de ter aeronaves de caça, Österreichische Luftstreitkräfte, nome oficial da força aérea da Áustria, anunciou a aquisição da compra de 12 jatos M-346FA a Leonardo. A expectativa é a de que essas aeronaves possam tanto cumprir missões operacionais quanto servir como plataforma de treinamento para preparar pilotos para outros modelos a serem adquiridos. As aeronaves serão entregues em 2028 e devem ser operadas a partir da base aérea de Hörsching, perto da cidade de Linz.
O negócio avaliado em cerca de 1,5 bilhão de Euros envolve as aeronaves, treinamento, peças de reposição e armamentos. Apesar de ser um treinador avançado, o M-346FA possui capacidade de combate, incluindo a possibilidade de utilizar mísseis I-Derby, Iris-T e SideWinder. Também podem ser usados armamentos ar-superfície inteligentes.

A Áustria conta com caças supersônicos de combate. São quinze Eurofighter Typhoon, porém, aviões do Tranche 1, sendo limitados à missão de defesa aérea. Além disso, até recentemente, o Eurofighter era basicamente uma dor de cabeça para a Áustria. As decepções começaram desde a assinatura do contrato, em 2003. Das 24 unidades anunciadas, firmou-se a compra de 18, por questões de cursos. Porém, em junho de 2007, um mês antes da chegada da primeira aeronave, o pacote já foi reduzido para quinze unidades.
Vale lembrar que a Força Aérea da Áustria tem pouca tradição na operação de aeronaves de caça. Em 1985 o país comprou caças suecos Saab J-35 Draken usados, mas não podia operar com mísseis ar-ar porque essa era uma proibição do Tratado de 1955 que deu independência ao país, que lutou do lado do Eixo na Segunda Guerra Mundial. A proibição de ter caças armados caiu somente em 1993.

Os J-35 foram aposentados em 2005. Nos dois anos seguintes, caças F-5E, também usados, dessa vez pela Suíça, operaram como uma solução tampão até a chegada dos Eurofighter Typhoon, cuja compra foi a primeira de caças a jato novos pelo país e até hoje o maior investimento dos austríacos em suas forças armadas.
Agora, há a expectativa pela compra de aeronaves mais capazes para defesa aérea e com possibilidade de realizar missões ar-superfície e de reconhecimento. O Dassault Rafale F4 e a versão mais moderna do Eurofighter são apontados como favoritos para uma futura aquisição.
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