O Brasil poderá investir até R$ 5 bilhões na compra do sistema antiaéreo Enhanced Modular Air Defense Solutions (EMADS), criado pelo consórcio europeu MBDA. O grupo já fornece ao país os mísseis Meteor, principal armamento dos caças F-39E Gripen, e o Sea Ceptor, para autodefesa das fragatas da classe Tamandaré.
A investida do Brasil pelo EMADS ocorre logo após as negociações para a compra do sistema Akash terem sido encerradas em uma semana de encontro entre lideranças dos dois países. De acordo com a CNN Brasil, as empresas Bharat Dynamics Limited (BDL) e a Bharat Electronics (BEL), da Índia, queriam vender uma versão menos avançada.
Também chamado de Land Ceptor, o EMADS é composto por lançadores de mísseis CAMM ou CAMM-ER em veículos 8×8, além de radares e centros de controle. Há a possibilidade, inclusive, de o sistema utilizar a plataforma Astros, da Avibras.

Se concretizada a compra do EMADS, será a primeira vez em que o Brasil terá um sistema de defesa antiaérea terrestre para defesa de área. O míssil CAMM-ER, por exemplo tem alcance de 45 km. Hoje, equipamentos como o Igla, o RBS-70 e o Gepard, além de canhões, são limitadas à chamada “defesa de ponto”. A aquisição também significará a dianteira na América Latina.
A família CAMM fornece as mais recentes tecnologias de defesa antiaérea, incluindo um buscador digital altamente avançado, datalink bidirecional e lançamento vertical suave, e são construídos especificamente para defesa antiaérea. O sistema é capaz de combater todas as ameaças modernas, incluindo enxames de alvos de pequenas dimensões em todos as condições climáticas, de várias direções e em ambientes de contramedidas eletrônicas.
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