Quando voou pela primeira vez, em 30 de setembro de 1959, o Shenyang J-6 foi um desafio para a indústria aeroespacial chinesa. Em realidade, as mais de 4.500 unidades produzidas e operadas até 1990 eram baseadas no caça soviético MiG-19, o que representava modernidade para a época. Agora, passados quase 66 anos, aeronaves do tipo foram modificadas para atuarem como drones de combate.
A revelação ao mundo veio no show aéreo de Changchun, ocorrido nesta semana. O velho jato teve retirado seus canhões, sistemas de suporte à vida, tanques auxiliares externos e assento ejetável. Em troca, ganhou novos pilones sob as asas e um sistema avançado de navegação e controle digital, incluindo o modo de seguir o terreno a baixa altura.

A manobrabilidade e o desempenho cinético certamente ficam abaixo de modelos mais modernos, como os caças de quarta geração J-16 ou os J-20, de quinta geração. Porém, com estes drones a China pode realizar missões de ataque, além de auxiliar no treinamento tanto de pilotos de aeronaves de combate quanto de grupos de controle e defesa do espaço aéreo.
Essa adaptação dos antigos J-6, cujo número total de unidades convertidas para drones não é publicado revelado, complementa uma série de novos drones de combate revelados pela China. Ainda assim, dada a capacidade de voo a até Mach 1.3, não é descartada a possibilidade de essas células antigas poderem ser usadas, um dia, em missões reais.
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