AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Com caças, navios, tropas e satélites, Brasil fará exercício militar próximo à Venezuela e Guianas

Embarque de tropas em cargueiros KC-390 Millenium

A partir de 27 de setembro, as Forças Armadas do Brasil começam a deslocar mais de 8.500 militares, embarcações, navios, helicópteros e até aeronaves de caça para a região da fronteira Norte. Chamado de Operação Atlas, o exercício acontece em meio ao cenário de crescentes tensões entre Estados Unidos e Venezuela. Porém, a movimentação brasileira já estava planejada há meses.

A presença militar será forte. A Marinha empregará 4.619 militares, 46 embarcações, 247 meios de Fuzileiros Navais incluindo viaturas blindadas (Astros e Clanf), além de 12 helicópteros. O Exército contará com 3.607 militares, 434 viaturas leves e pesadas, 40 blindados (Astros, Guarani e Leopardo) e 7 helicópteros. Já a Força Aérea reunirá 410 militares, 21 aeronaves (transporte, patrulha, caça e helicóptero), além de 3 satélites.

O objetivo principal da Operação Atlas é avaliar a capacidade de integração da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira na defesa de uma região remota do País, na área de fronteira com Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. A área de operações vai desde o estado de Roraima até o limite da Zona Econômica Exclusiva no litoral do Amapá e de parte do Pará. Trechos do Amazonas também estão envolvidos. A extensão total é de, aproximadamente, dois milhões de km².

A primeira fase da Operação Atlas ocorreu de 30 de julho a 11 de julho, na sede da Escola Superior de Defesa, em Brasília, e é dedicada ao planejamento conjunto. A segunda fase, de 27 de setembro a 1º de outubro, caracteriza a movimentação de pessoal e equipamento militar em direção à área de atuação. Por fim, de 2 a 11 de outubro, vão ocorrer as operações táticas em campo, com atividades integradas em ambiente terrestre, fluvial, marítimo e aéreo.

Planejamento da Operação Atlas, em Brasília. Foto: Hisaac Gomes

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