AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

EXCLUSIVO – Conheça o futuro caça invisível do Japão

Com a China investindo pesado no crescimento de seu poderio militar, e sobretudo, no aperfeiçoamento tecnológico de seus sistemas bélicos, o que tem incluio um amplo programa voltado à tecnologia stealth (furtiva, de difícil detecção por radar) em aeronaves; não é de se estranhar que o Japão venha tomando medidas no sentido de incrementar seus sistemas de Defesa e aplicar novos níveis de sofisticação em novas gerações. Há apenas um mês, fontes oficiais chinesas anunciaram que o país está para já ter em serviço seu primeiro caça multifuncional, o Chegdu J-20. Adversários de longa data no Extremo Oriente, não haveria como o Japão “ignorar” o desafio geopolítico crescente do enorme vizinho.

De fato, logo na sequência da entrada em serviço do primeiro caça stealth do mundo, o norte-americano F-22 Raptor, o governo de Tóquio fez manobras no sentido de adquirir um lote destes caças, porém, tal venda de exportação foi “barrada” pelo Congresso norte-americano – aliás, o F-22 até hoje não foi fornecido a nenhum país estrangeiro, permanecendo de uso exclusivo da Força Aérea norte-americana (USAF). Diante disso, já no início dos anos 2000, o Japão iniciou suas próprias pesquisas de um jato de combate stealth, voando um modelo não-pilotado, em escala, em 2006. O programa foi designado ATD-X, e de início se previa o primeiro voo do protótipo em 2014, com entrada em serviço três anos depois (agora, em 2017).

Como seria de se prever num programa de tão alto desafio tecnológico, envolvendo tantas novas tecnologias e áreas sensíveis, o ATD-X sofreu alguns atrasos, mas mesmo assim, um demonstrador de tecnologia foi revelado ao público em 29 de janeiro de 2016, fazendo seu primeiro voo em 22 de abril do mesmo ano. Apesar da “apresentação pública”, porém, o que o mundo viu foram apenas algumas fotos, com claras áreas da aeronave tendo sido “maquiadas” nas imagens.

Agora, porém, envolvido em sua campanha de voos de testes, começam a surgir imagens bem mais claras do ATD-X, como as que ASAS mostra nesta matéria, obtidas pelo fotógrafo japonês Toshiro Aoki nos últimos dias deste mês de outubro, e aqui mostradas, com exclusividade.

Oficialmente, o ATD-X não é um protótipo de caça, mas uma aeronave de pesquisas, com sua sigla correspondendo a Demonstrador de Tecnologia Avançada X. O programa se desenvolve sob o guarda-chuva do Instituto Técnico de Pesquisa e Desenvolvimento (TRDI) do Ministério da Defesa japonês, com a principal contratada sendo a Mitsubishi Heavy Industries, e hoje a designação oficial da aeronave em voo é Mitsubishi X-2, sendo alcunhado de “Shinshin” (“mente”, em japonês).

Monoplace, o jato tem comprimento de 14,17m e envergadura de 9,09m, com peso vazio de 9.700kg. É propulsado por dois turbofans do tipo low-bypass IHI XF5-1, de 49,03kN (11.023 lbf) cada, com pós-combustão, e pode atingir Mach 2.25.

Entre suas características estão a substituição do FBW (controle de voo assistido por computador, através de cabeamento eletrônicos) por um FBO (Fly By Optics, onde o cabeamento é de fibra ótica, dando imunidade à distúrbios eletromagnéticos e permitindo maior velocidade de transmissão). No modelo de série de caça, o radar será do tipo AESA (varredura eletrônica ativa), e um sistema muito interessante que compõe o programa é o chamado Capacidade de Auto-Reparo em Voo, pelo qual os computadores de bordo automaticamente identificam falhas ou danos nas superfícies de controle de voo, e assim “recalibram” o uso das outras superfícies para manter o voo totalmente sob controle do piloto.

Clique para ver as imagens ampliadas:

 

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