Após décadas ganhando capacidades cada vez mais avançadas para destruir aeronaves avançadas a distância de dezenas de quilômetros, os Boeing F-15E Strike Eagle da United States Air Forces (USAF) têm, agora, como principal novidade o uso de armamento não guiado para enfrentar drones. Em situações recentes, caças têm tido dificuldades para abater esse novo tipo de ameaça.
Conforme uma imagem divulgada pela USAF, o F-15E Strike Eagle pode agora levar seis pods LAU-131A de lançadores de foguetes de 70mm, guiados por laser, chamados de Advanced Precision Kill Weapon System II (APKWS II). Cada pod leva sete unidades. Desenvolvida inicialmente para ser usada contra alvos terrestres, a arma permite saturar uma área no céu, o que ajuda a destruir os drones, que são frágeis a disparos inimigos, porém difíceis de serem acertados.
A foto divulgada pela USAF, possivelmente tirada na Base Aérea de Muwaffaq Salti, na Jordânia, mostra o F-15 com quatro AIM-9X SideWinder e quatro AIM-120 AMRAAM, além do seu canhão interno, de 20mm. Caças desse tipo foram usados em 13 abril de 2024, quando o Irã fez um ataque massivo com drones e mísseis contra Israel.
Por que usar armamentos assim?
Segundo o Pentágono, em 14 saídas de combate, caças F-15E Strike Eagle sediados na base aérea da USAF em Lakenheath, no Reino Unido, mas deslocados para uma localidade não divulgada no Oriente Médio em abril, abateram mais de 70 drones naquela madrugada de de 13 de abril de 2024. Norte-americanos e israelenses sustentam que “quase 99%” dos drones foram abatidos, enquanto iranianos comemoraram o sucesso da operação.
Uma tripulação norte-americana usou todos seus mísseis e recorreu ao canhão de 20mm para destruir alvos, com enorme dificuldade. De acordo com o divulgado, a aeronave pilotada pelo Major Benjamin “Irish” Coffey” e pela Capitão Lacie “Sonic” Hester recebeu naquela noite a ordem de utilizar tudo o que tivesse para tentar destruir parte dos drones iranianos. Ambos acabaram agraciados com a “Silver Star Medal”.
O fato é que o relato do Major “Irish” e da Capitão “Sonic” indica uma enorme dificuldade para abater esse tipo de alvo. Enquanto o Major, piloto em comando, precisou tentar voar a velocidades baixíssimas e níveis de voo abaixo do recomendado para a segurança, ela, como oficial de armamento, teve o desafio de rastrear os alvos. Eles não tiveram sucesso no uso do canhão. Também vale ressaltar que, enquanto o drone cumpre sua missão a um custo muito baixo, o caça tem uma hora de voo na casa de dezenas de milhares de dólares.
A Capitão Lacie “Sonic” Hester foi a primeira mulher a receber a Silver Star da USAF.

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