A Força Aérea Brasileira deverá participar, em julho de 2026, do exercício multinacional Salitre V, a ser realizado na Base Aérea Cerro Moreno, próxima à cidade de Antofagasta, no Chile, entre o deserto do Atacama e o Oceano Pacífico. Conforme divulgado pela Fuerza Aérea de Chile (FACh), a expectativa é a participação de militares e de aeronaves da Argentina, Colômbia, Estados Unidos e Paraguai, além do próprio Chile e do Brasil.
Nesta semana, militares chilenos iniciaram o planejamento do exercício. A ideia é simular missões que vão da defesa aérea à entrega de ajuda humanitária, possibilitando um treinamento de múltiplas faces da guerra aérea, tal como ocorreu durante o exercício Cruzex, no Brasil.
Não está definido se a FAB irá utilizar seus novos caças F-39E Gripen, atualmente os modelos mais avançados em serviço no continente, ou mesmo se haverá a concentração em outros tipos de aeronaves, como helicópteros ou aviões de ataque leve, como os A-29 Super Tucano. Cada país deverá definir os meios aéreos a serem utilizados.

Na Salitre I, em 2004, a FAB participou com seus F-5E Tiger II, ao lado de um reabastecedor KC-137 (Boeing 707), ao lado de uma série de aeronaves que atualmente não fazem mais parte das frotas sul-americanas, como os Mirage 50 Pantera, Mirage 5 Elkan e A-37B Dragonfly do Chile e os Mirage III e Mirage 5 Mara da Argentina. Já os EUA participaram com os F-16C/D, à época, aeronaves bem acima das capacidades locais.
Em 2009, a Salitre II trouxe a estreia dos A-4AR Fightinghawk da Argentina e dos F-16C/D e MLU do Chile, além dos A-1 AMX do Brasil, em sua versão não modernizada. Os Estados Unidso enviaram os F-15C Eagle e a França veio com os Mirage 2000.

Seis anos depois, em 2014, durante a Salitre III, o Brasil levou pela primeira vez seus F-5EM, versão modernizada dos F-5 e superior aos F-5 Tiger III, também modernizados, usados pelo Chile desde a Salitre I. Chile e Argentina repetiram suas forças, enquanto os EUA voltaram aos F-16C/D e o Uruguai contribuiu com os A-37B Dragonfly.
Na Salitre IV, em 2022, o destaque foi a presença de um KC-390 Millenium da Força Aérea Brasileira, em substituição aos KC-130H usados pelo Brasil desde a primeira edição. Também chamou a atenção os IA-63 Pampa III, da Argentina, em um contexto de falta de disponibilidade de aeronaves de caça. Já o Chile repetiu seus efetivos, além de incluir seus E-3D Sentry.











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