As autorizações de exportações de produtos e serviços de defesa atingiram US$ 1,31 bilhão no primeiro semestre de 2025. O índice representa 73,6% do recorde alcançado em 2024, quando o setor registrou a cifra de US$ 1,78 bilhão – melhor resultado dos últimos 11 anos. A expectiva é a de um novo recorde.
Atualmente, a indústria de defesa nacional comercializa para cerca de 140 países em todos os continentes do mundo, sendo que 34% das exportações são de aeronaves, suas peças e partes. O setor representa 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos.
Para o Secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, este momento é reflexo de um setor cada vez mais competitivo, além da busca constante pela autonomia e por oportunidades comerciais dentro e fora do país. “Desempenhamos um papel fundamental no auxílio às exportações de produtos de defesa, o que abrange o desenvolvimento tecnológico necessário para que os produtos sejam de última geração, financiamentos e seguros e auxílio comercial e propaganda dos produtos da nossa Base Industrial de Defesa (BID)”, afirma.
A BID possui em seu portfólio 283 empresas e 2064 produtos cadastrados no Ministério da Defesa, como aeronaves, embarcações, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos. Há a expectativa de ir além: o Brasil spera alcançar, no próximo ano, 55% de domínio de tecnologias como radares, satélites e foguetes – itens utilizados em projetos estratégicos das três Forças Armadas. Atualmente, o índice é de 42%. Até 2033, a expectativa é de que chegue ao patamar de 75%, o que vai permitir autonomia no desenvolvimento de projetos de pesquisas de interesse da defesa.
“A autossuficiência com relação às tecnologias de interesse da defesa poderá ser um impulsionador das exportações. As empresas brasileiras possuem uma capacidade instalada bastante grande e produtos com reconhecimento mundial de altíssima qualidade. Isso faz com que a comercialização para o exterior tenda a crescer. Temos com isso já um bom resultado do ano de 2025. Os índices indicam que as nossas exportações estão crescendo em um ritmo adequado à manutenção da nossa BID para que ela seja forte e com capacidade de apoio às nossas Forças Armadas quando necessário”, acrescenta o Secretário Heraldo Luiz.
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