AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Nem EUA, nem Rússia, nem China: Egito quer caça stealth da Turquia

O governo do Egito conseguiu, junto à Turquia, autorização para ingressar no projeto de caça de quinta geração Kaan. A decisão marca um afastamento tanto dos Estados Unidos, que comercializa o F-35 Lightning II, quanto da Rússia, que oferece no mercado o Su-57 Felon e o Su-75 Checkmate; e da China, que tem o J-20 Mighty Dragon e o J-35. 

A expectativa é a de que o Kaan entre em serviço em 2030. Até lá, seguirão as fases de desenvolvimento, produção e testes. Empresas do Egito devem fazer parte dessas etapas, constituindo uma parceria que vai além da compra. É esperada a assinatura de documentos formais ainda em 2025. 

Tanto na Turquia quanto no Egito, o Kaan deve substituir dezenas de caças F-16. Para isso, espera-se que o par de motores General Electric F110-GE-129 consiga oferecer regime de voo de supercruzeiro e que a fuselagem garanta a furtividade a radares. A velocidade máxima ficará em torno de Mach 1.8, com possibilidade de realizar manobras de até 9g. No compartimento de armas estarão os mais avançados mísseis turcos, tanto para combates a curto alcance quanto para abates além do alcance visual (BVR), além de amplo arsenal ar-superfície.

O desenvolvimento do Kaan, nome turco que significa algo como “o que manda, rei dos reis”, representa mais um salto da indústria de defesa da Turquia, que já tem destaque com o helicóptero T129 Atak, mísseis, drones e navios. O caça é classificado como de quinta geração por ter cararacterísticas stealth e uma arquitetura de informações capaz de reunir dados de todos os sistemas, inclusive com uso de inteligência artifical.

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Humberto Leite

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