O Embraer 314 Super Tucano, designado como A-29 no Brasil, foi reconhecido pelo Comitê de Catalogação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A entidade padroniza a identificação de materiais e equipamentos utilizados pelas Forças Armadas dos países membros da aliança militar.
Na prática, essa conquista não significa necessariamente uma venda da aeronave nem a garantia de qualquer ganho futuro. Porém, representa que a aeronave produzida pela empresa brasileira já está prevista burocraticamente pela OTAN.

Com a aprovação pelo comitê, a aeronave passa a usar o código SOC (sistema de catalogação da OTAN) para identificar e catalogar o projeto, além da possibilidade da troca de informações e a interoperabilidade logística. Isso já havia sido alcançado anteriormente pelo KC-390, que depois foi selecionado por países membros a OTAN, caso de Portugal, Países Baixos, Hungria, República Tcheca e Suécia.
Essa conquista do A-29, e anteriormente do KC-390, foi intermediada pelo Centro de Apoio a Sistemas Logísticos de Defesa (Caslode), vinculado ao Ministério da Defesa do Brasil.
A-29N: versão para a OTAN
A Embraer anunciou em 2023 uma versão do Super Tucano destinada aos países-membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O foco inicial no atendimento às necessidades de nações da Europa. Portugal, um dos principais clientes potenciais, deve participar do desenvolvimento.

A nova versão da aeronave, denominada A-29N, incluirá equipamentos e funcionalidades para atender aos requisitos operacionais da OTAN, tais como um novo datalink, single-pilot operation, entre outras modificações.
Tais funcionalidades aumentarão ainda mais as possibilidades de emprego da aeronave, permitindo por exemplo sua utilização em missões de treinamento JTAC, do inglês Joint Terminal Attack Controller. Os dispositivos de treinamento serão igualmente atualizados para os padrões mundiais mais exigentes, incluindo realidade virtual, aumentada e mista.
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