AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Porta-aviões dos EUA vai passar pelo Brasil rumo ao ferro-velho

Kitty Hawk em 2017, já desativado, aguardando seu destino

Entre 29 de abril de 1961 e 12 de maio de 2009, o USS Kitty Hawk foi um dos principais porta-aviões da US Navy. Pelo seu convés passaram aeronaves como o F-14 Tomcat, F-18 Hornet e F-4 Phantom II, que atuaram em conflitos no Sudeste Asiático e no Oriente Médio. Porém, agora, o casco de toneladas de metal passará pela costa brasileira para uma viagem bem menos gloriosa: chegar ao ferro-velho, onde será desmontado para reciclagem.

Sem nenhum equipamento a bordo, nem motores, muito menos aeronaves ou tripulantes, em 15 de janeiro o Kitty Hawk partiu do estaleiro Puget Sound Naval Shipyard, na costa oeste dos Estados Unidos, para Brownsville, no Texas, onde se tornará material de reciclagem da empresa International Shipbreaking Limited. Curiosamente, o negócio foi fechado pelo preço simbólico de um centavo de dólar, sob a alegação de que a medida livrará o contribuinte norte-americano do custo de se livrar do colosso metálico.

O USS Kitty Hawk em seus tempos áureos, em 1987

E por que a passagem pela costa brasileira? É que os mais de 300 metros de comprimento e 86 de largura tornam o porta-aviões inviável para o Canal do Panamá. Então, de maneira lenta, a não mais que 10 km/h, o Kitty Hawk vem sendo rebocado em uma longa jornada de quase 30 mil quilômetros em torno do continente americano. Só em junho, ou mesmo em julho, a jornada deve ser encerrada.

Atualmente, essa frota de despedida do porta-aviões está em Montevidéu, no Uruguai, depois de ter feito paradas nos Estados Unidos, México, Panamá e Chile. A próxima parada será em Salvador, ainda sem data confirmada.

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