O anúncio da expansão do contrato da Embraer com Portugal, ocorrida no Paris Air Show, pode representar uma expansão ainda maior na lista de operadores do jato de transporte tático fabricado no Brasil. Portugal quer assumir um papel preponderante para a aquisição do KC-390 por outros países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Na prática, a Força Aérea Portuguesa teve sua encomenda ampliada de cinco para seis unidades. Porém, a opção para a compra de outras dez unidades faz parte de um amplo plano diplomático e econômico com possibilidade de ganhos tanto para o Brasil quanto para Portugal.
“A inclusão de dez opções de compra para futuras negociações governo a governo permitirá que outras nações europeias e da OTAN possam, através de Portugal, adquirir plataformas interoperáveis e versáteis, habilitando o contínuo desenvolvimento da Base Tecnológica e Industrial de Defesa, com o consequente retorno financeiro para o país”, disse Nuno Melo, Ministro da Defesa de Portugal. A ideia é Portugal atuar no treinamento e apoio logístico, com atuação das empresas locais.
“O interesse em colocar opções adicionais no contrato é a confirmação de que mais países ocidentais podem-se juntar muito brevemente a este grupo de operadores, beneficiando todos eles em sinergias econômicas ao longo do ciclo de vida do KC-390”, disse Bosco da Costa Junior, presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança. O gestor lembrou ainda que, a expansão de cinco para seis unidades para a Força Aérea Portuguesa, representa a primeira compra adicional de um operador.
O KC-390 já está em serviço nas forças aéreas de Brasil, desde 2019, Portugal, desde 2023, e Hungria, desde 2023. O jato também já foi anunciado para Coreia do Sul, Holanda, Áustria, República Tcheca, Suécia, Eslováquia e para um cliente não revelado.
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