O desenvolvimento de mísseis com alcance além do campo visual (BVR, do inglês Beyond Visual Range) e de radares e outros sistemas capazes de detectar aeronaves inimigas a várias dezenas de quilômetros de distância parecia ser o fim definitivo das armas limitadas ao curto alcance, como o AIM-9 Sidewinder, modelo em serviço nos Estados Unidos desde os anos 50. Agora, em versões mais modernas, o Sidewinder não só é levado como uma precaução, mas tem ganhado protagonismo em um novo cenário tático para a US Navy.
Caças F-18E Super Hornet do porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower, envolvidos nas ações contra milícias houthi no Iêmen, estão voando agora com dois pares de mísseis AIM-9X Sidewinder. Além do par costumeiramente levado nas estações da ponta das asas, agora duas das estações de armamentos subalares são destinadas aos mísseis, que têm tido sucesso para abater drones hostis.
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Os F-18E, bem como aeronaves biplaces, da versão F-18F, têm voado em configurações que incluem apenas dois AIM-120 AMRAAM, com capacidade BVR, um par de bombas guiadas e os dois pares de AIM-9X Sidewinder. Na estação central vai um tanque adicional de combustível. As aeronaves contam ainda com o canhão 20mm instalado no nariz.
A opção pelo Sidewinder também tem ocorrido com os EA-18G Growler, versão do Super Hornet voltada para a guerra eletrônica. Apesar de usar estações subalares para levar pods de guerra eletrônica, além de mísseis AGM-88 HARM, especializados na destruição de radares inimigos, os EA-18G levam costumeiramente um par de AIM-120 e outro de AIM-9 para autodefesa. Porém, no cenário do enfrentamento aos drones das milícias, esses jatos também foram fotografados com dois pares de Sidewinder.