Há exatos 33 anos voava pela primeira vez o primeiro Boeing 747-400. Com pontas das asas modificadas, melhor alcance e cockpit para dois tripulantes, o -400 se tornou mais eficiente e célebre “Jumbo” em operação.
Ao todo, 694 aeronaves do tipo foram produzidas pela fabricante norte-americana, sendo que as mais novas são de 2009. Foi o 747 com o melhor desempenho de vendas, tendo entrado em serviço já em 9 de fevereiro de 1989, com a Northwest Airlines. A brasileira Varig fez parte da lista de operadores.
O primeiro voo, em 29 de abril de 1988, teve como tripulantes o piloto James Loesch e o copiloto Kenneth Higgins. A aeronave decolou de Paine Field e voou por 2 horas e 29 minutos. À época, se destacava o cockpit, com cerca de 1/3 do número de botões presentes nas versões anteriores e com os mostradores analógicos substituídos pelas telas digitais.
Porém, com seus 70,66 metros de comprimento, 64,44 metros de envergadura e 19,41 metros de altura, o “Jumbo” logo ganharia destaque pela força: podia levar até 660 passageiros, porém a maioria das companhias aéreas prefeririam configurações com menos assentos, dando espaço para classes com maior conforto. Uma divisão típica era 23 passageiros na primeira classe, 80 na executiva e 313 na econômica, sendo 416 ao todo.
Em 1989, a empresa australiana Qantas fez um voo sem escalas entre Londres e Sydney, o que evidenciou o alcance de 18.000 km, cumprido em 20 horas e 9 minutos. A velocidade também impressionava. Ainda hoje, está entre os aviões comerciais mais rápidos em serviço, com velocidade de cruzeiro de aproximadamente 930 km/h. Essas capacidades superlativas seriam evidenciadas ainda na fase de testes, quando, em 27 de junho de 1988, a primeira aeronave de testes decolocou com 405.659 kg, um recorde para a época.
O total de 694 aviões produzidos também inclui a versão 747-400F, com capacidade para levar até 124 toneladas de carga útil; o 747-400M, com espaço para carga e para passageiros; 747-400D, com até 568 passageiros em duas classes e menor alcance; o 747-400ER, com 800 km a mais de alcance; e o -400ERF, versão cargueira com alcance ampliado.
Apesar das capacidades, o 747-400 não teve grande sucesso militar. Uma versão do -400F a ser designada C-33 foi oferecida à USAF como alternativa para complementar a frota de C-17, bem como o reabastecedor em voo KC-33. Nenhum dos dois ganhou contratos de produção. Por outro lado, coube a um 747-400F se tornar a aeronave base de um laser aerotransportado testado para destruir mísseis balísticos. A Virgin Atlantic também tem um 747-400 apelidado de Cosmic Girl, empregado para lançar o foguete Launcher One.
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