Muita forças aéreas mundo afora gostariam de estar na pele da Força Aérea Brasileira. Isso porque, em um momento inédito na história, o Brasil conta com caças que são novidade global, os F-39E Gripen, e tem uma frota já notável de um cargueiro tático multimissão cada vez mais reconhecido por suas potencialidades, o KC-390 Millenium. Essa posição privilegiada da FAB ficou evidente nos últimos quatro dias, em Rionegro, na Colômbia, onde todos os olhos se voltaram para a participação brasileira na Feria Internacional Aeronáutica y Espacial (F-AIR).
O envio das aeronaves da FAB não só ajuda a promover os projetos da Saab e Embraer, como também projeta a força do País. A imprensa e o público, não só da Colômbia, mas também de outras nações, trata as aeronaves com cores brasileiras como protagonistas do evento. Vale destacar que isso ocorre, hoje, na Colômbia, porém a dupla F-39E e KC-390 teria destaque em qualquer evento aeronáutico global. Não há nenhuma outra força aérea no mundo que tenha em sua frota atual os dois modelos.

Ainda equipada com os já ultrapassados IAI Kfir, aeronave que teve forte lobby para ser operada pela FAB, a força aérea da Colômbia aguarda o término das negociações do seu governo para a compra de caças Gripen. O presidente Gustavo Petro está diretamente envolvido nas tratativas e a expectativa colombiana é de chegada das primeiras unidades em menos de dois anos. A decisão tem embasamento no atual cenário internacional dos Estados Unidos, mas surpreendeu a Colômbia não adotar caças F-16 novos ou usados, uma realidade que era vista como certa. O europeus Rafale e Eurofigher Typhoon também foram cogitados.
O Peru também se prepara para adquirir o Gripen. A presidente Dina Boluarte já fez o anúncio da compra e as negociações avançam com a Saab. A ideia é substituir os jatos Mirage 2000 em uso desde a década de 80, em uma decisão que deixou para trás as influências dos Estados Unidos (F-16), França (Rafale) e da Coreia do Sul (FA-50), que até tem parcerias aeronáuticas vigentes.

Foto: Fuerza Aérea Colombiana
Ao mesmo tempo, o KC-390 está se tornando um “avião padrão-OTAN”. Já com unidades exportadas para Portugal e Hungria, o jato fabricado pela Embraer foi selecionado pela Eslováquia, República Tcheca, Lituânia, Países Baixos e Suécia, todos Estados-Membros da aliança militar ocidental. Áustria e Coreia do Sul também selecionaram o modelo, que ainda não conquistou vendas na América do Sul, onde ainda faz sucesso os já ultrapassados C-130 Hércules.
Mais Brasil
O Ministério da Defesa do Brasil, por intermédio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), participa do evento na Colômbia com força. Os estantes com a bandeira do Brasil também contam com outros projetos, caso dos helicópteros H-125 e H-145, da embarcação NPa-200 e de sistemas de radares.
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