Imagens dos novos Su-34 Fullback da al-Quwwat al-Jawwiya al-Jaza’iriya, a força aérea da Argélia, se destacam pela beleza. O esquema de pintura de deserto sai dos já conhecidos padrões, apresentando uma cor alaranjada. As fotos circulam em grupos de Telegram, confirmando também um dos mais relevantes processos de reequipamento militar na região.
Desde 2016, a Argélia, uma ex-colônia francesa, avalia a possibilidade de compra do Su-34. O país já tem laços com a Rússia desde a sua independência, em 1962, e conta atualmente com cerca de 40 MiG-29, 70 Su-30MK e 40 Su-24, além de reabastecedores Il-78, cargueiros Il-76 e uma série de helicópteros russos.
Nem os embargos impostos pelo Ocidente à Rússia diminuíram a inclinação da Argélia pelos produtos exportados por Moscou. Em abril, o país teria recebido seus primeiros Su-35S Super Flanker, versão mais avançada do jato russo, incluindo o novo motor AL-41, com empuxo vetorado, radar de varredura eletrônica passiva (PESA) Irbis-E e novos mísseis ar-ar de longo alcance R-37M. Agora, além dos Su-34 Fullback, também já teria ocorrido a compra dos caças de quinta geração Su-57 Felon.
Com essa compra, a Argélia se posiciona como um dos principais clientes de caças da Rússia, logo após a Índia. Também assume, pelo menos teoricamente, a liderança do poder aéreo no norte da África, à frente de rivais regionais, com destaque para o Marrocos, que conta com caças F-16 Block 50/52 em vias de modernização de 23 deles para o padrão F-16 Block 72, além de 20 caças F-5E/F Tiger II e 40 Mirage F-1. Já o Egito, outra potência militar da área, possui uma frota mais numerosa, formada por uma diversidade de aeronaves, incluindo cerca de 200 F-16A/B/C/D, 30 MiG-29, 80 Mirage 5, 20 Mirage 2000 e 36 Rafale.
Os países do norte da África também mantêm competitividade estratégica com nações europeias, mais notadamente Espanha, França, Itália e Grécia, sobretudo no que diz respeito ao controle do Mediterrâneo. Há, ainda, outras forças com presença constante na área, como os Estados Unidos e o Reino Unido, que contam com bases na região.
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