As 12 concessionárias responsáveis pela operação de 59 aeroportos concedidos à iniciativa privada no Brasil preveem um investimento superior a R$ 20 bilhões nos próximos anos. A informação foi divulgada pelo Ministério de Portos e Aeroportos durante um inédito encontro com as empresas, realizado nesta semana.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, lembrou que a parceria com os agentes privados têm gerado dados positivos para o setor. A aviação civil comercial brasileira fechou 2023 com 112,6 milhões de passageiros transportados no mercado doméstico e internacional, valor 15,3% superior ao total observado em 2022. “No último ano, conseguimos um crescimento acima de dois dígitos na aviação. Até 2026, nosso objetivo é que a aviação brasileira transporte mais 140 milhões de passageiros”, adicionou.
As doze concessionárias já investiram cerca de R$ 28,5 bilhões em melhorias de infraestrutura e serviços aos usuários. Atualmente, os aeroportos concedidos são responsáveis por transportar cerca de 92% dos passageiros no mercado doméstico e internacional e 99% do total de carga aérea transportada.
Jorge Arruda, presidente da Inframérica, concessionária que administra o aeroporto de Brasília, o terceiro maior do país, indicou que “é fundamental, a gente como setor, manter um diálogo aberto com o Governo Federal”. “Essa agenda nos aproxima do Ministério para que a gente possa apresentar um plano claro dos investimentos que a gente planeja fazer e para a gente passar as demandas do setor também. Um setor muito importante, fundamental para infraestrutura do Brasil, com demandas muito importantes a curto, médio e longo prazo”, indicou Ricardo Gessi, presidente da Zurich Brasil.
Aviação Regional
O encontro realizado no Ministério também marcou o início das tratativas para a criação de um grupo de trabalho da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos com concessionárias privadas e a Infraero com objetivo de identificar e criar rotas de transporte aéreo a partir de aeroportos regionais. “Ampliar o modal aéreo para regiões onde não tem operação vai de encontro ao nosso plano de universalização do transporte aéreo, que é ampliar a malha brasileira e diminuir o preço da tarifa aérea”, destacou o ministro.
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