A IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos), entidade que reúne empresas aéreas de todo o mundo, suspendeu hoje a Avianca Brasil. Na prática, isso significa uma ordem para interromper a venda e a emissão de passagens aéreas.
Conforme as regras da própria IATA, a entidade enviou uma carta para as agências de viagens solicitando a interrupção dos serviços. No documento é dito que “os agentes de viagens da BSP (Billing and Settlement Plan) devem suspender imediatamente todas as atividades de emissão em nome da Avianca Brasil, incluindo o uso de todos os sistemas automatizados para o processamento de reembolsos ou outras transações em nome da Avianca Brasil”.
O BSP (Billing and Settlement Plan) é um sistema que foi concebido para facilitar a venda, a comunicação e a remessa das agências de viagens credenciadas na IATA.
Além da suspensão de emissão de passagens, a carta também faz uma recomendação sobre dívidas: “todas as liquidações pendentes, incluindo vendas pendentes e reembolsos ou quaisquer transações futuras, devem ser liquidadas diretamente com a Avianca Brasil”.
A decisão da IATA é mais um revés para a Avianca Brasil. Na semana passada, a Airbus entrou com pedido judicial para recuperar quatro aeronaves arrendadas para a companhia, pedido que acabou sendo negado. Também na mesma semana a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras e com quem a companhia aérea possui uma dívida de R$36 milhões, entrou com pedido de suspensão da homologação do plano de recuperação judicial da Avianca Brasil.

Em abril, a companhia se viu obrigada a devolver 36 aviões de sua frota, o que levou a suspensão de milhares de voos e interrupção de operações em várias cidades. Atualmente, a Avianca Brasil opera apenas com seis aeronaves e em quatro aeroportos.
Até o momento, a empresa ainda não se manifestou sobre a suspensão da IATA.