Principal arma ar-ar dos caças F-39E Gripen da Força Aérea Brasileira, o míssil MBDA Meteor é apontado por vários analistas como o modelo mais capaz do Ocidente. Agora, o caça de origem norte-americana F-35 Lightning II iniciou os primeiros testes com o míssil de origem europeia. O objetivo inicial é dotar os F-35B da Itália e do Reino Unido.
Apesar de o voo ter ocorrido em 20 de novembro, só agora a informação foi revelada pela Royal Air Force, do Reino Unido. Um F-35B comandado pelo Lt. Cmdr. Nicholas Baker, fez o primeiro voo de uma aeronave do tipo com o armamento. Foi utilizado o mesmo compartimento interno onde normalmente vão os mísseis AIM-120 AMRAAM, de origem norte-americana, inclusive um modelo deste tipo também foi levado.

Chama a atenção o fato de ter sido utilizado no teste um F-35B do US Marine Corps, ainda que não haja qualquer indicativo de que os Estados Unidos estejam interessados no Meteor, ainda que seja reconhecidamente uma arma de desempenho melhor que o AIM-120 AMRAAM. A aeronave faz parte do Integrated Test Force, um centro que reúne militares e aeronaves de vários países que participam do programa F-35, localizado na estação aeronaval de Patuxent River, no estado de Maryland.
Cada F-35 poderá levar quatro Meteor em seus compartimentos de armamentos, o que vai assegurar um desempenho elevado para o combate além do alcance visual, fazendo valer ao máximo as características stealth do F-35. Esta é a principal arena de combate do Meteor, que teria alcance de até 200 km.

O grande destaque, porém, é a sua “no escape zone”, que chegaria a 60 km. Isso quer dizer que qualquer aeronave, com tecnologia atual, será destruída se estiver a uma distância inferior a essa. Essa capacidade seria garantida pelo motor do tipo scramjet, que faz o míssil ganhar velocidade quando está próximo ao alvo, e não perder, como ocorre com a maioria dos mísseis. Há, ainda, a combinação de guiagem inercial, com atualizações de dados da aeronave lançadora via datalink e, na fase final, um radar ativo.
Atualmente, Alemanha, Catar, Croácia, Espanha, França, Grécia, Índia, Itália, Reino Unido e Suécia contam com estoques do míssil, sendo utilizados por caças Rafale, Eurofighter Typhoon e Gripen, substituindo os norte-americanos AiM-120 AMRAAM e os franceses MICA, ambos de geração anterior ao Meteor. O Brasil também está na lista de operadores, com os mísseis tendo sido publicamente vistos nos caças F-39 tanto em ensaios fotográficos quanto durante o exercício CRUZEX 2024.
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