Um carro elétrico voador EH216-S, fabricado pela empresa chinesa EHang, voou pela primeira vez no Brasil no último dia 20 de setembro. O local escolhido foi o evento Aeroquadra, na cidade de Quadra, a 80km de São Paulo. A estreia foi possível após o modelo receber o Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE) da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). No Brasil, a EHang é representada pela Gohobby, que considerou o voo um verdadeiro sucesso.
“Desde o final do ano passado, quando trouxemos o eVTOL (sigla para veículos aéreos elétricos de pouso e decolagem vertical) EH216-S, sonhamos com o momento em que finalmente veríamos a aeronave decolar no Brasil. Esse dia chegou, e estou feliz por fazer parte deste momento histórico para o nosso país e para o futuro da mobilidade aérea urbana”, diz Adriano Buzaid, CEO da Gohobby.
O eVTOL EH216-S pode transportar até duas pessoas, com uma carga útil total de 220 kg e um alcance de cerca de 30 km. Ele opera com 12 baterias independentes e 16 motores. O piloto não voa dentro da aeronave, pois o eVTOL é operado remotamente e automaticamente a partir do solo, através do sistema inteligente de comando e controle da EHang. Isso permite que o piloto planeje, comande, valide, execute, monitore e controle o voo em tempo real, a partir do solo.
Adriano Buzaid tornou-se o primeiro brasileiro a pilotar um eVTOL no Brasil, e Jeovan Alencar foi o primeiro comandante brasileiro a operar esse tipo de aeronave remotamente, destacando os avanços tecnológicos e a evolução do setor no país. Ao todo, aproximadamente 60 pessoas acompanharam de perto esse marco para a Gohobby.
Foram realizados dois voos durante a manhã: o primeiro com tempo de duração de 6 minutos e distância de 1km e 700 metros percorridos e o segundo com duração de 3 minutos e 20 segundos, e distância 700 metros. Seguindo os requisitos da ANAC para o CAVE, não houve transporte de passageiros.
De acordo com uma pesquisa da MundoGeo, o Brasil é o terceiro maior mercado para eVTOLs no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e China. Grandes metrópoles como São Paulo e áreas remotas com falta de infraestrutura, no Brasil, poderão se beneficiar de serviços eficientes e sustentáveis de Mobilidade Aérea Urbana (UAM).
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