Copa do Mundo de Asas – Croácia investe para ter força aérea em padrão OTAN

Se pouca gente enxerga a Croácia como um dos países favoritos para conquistar a Copa do Mundo de 2022, também são muitas as pessoas que não imaginam o investimento feito pelo país para modernizar sua força aérea. A Hrvatsko ratno zrakoplovstvo, nome oficial da instituição, foi criada em 1991 e tem se focado em superar o passado sob influência de Moscou.

A lista de aeronaves de origem soviética já aposentadas inclui os Antonov An-2 e An-32, além dos helicópteros de ataque Mil Mi-24. O próximo nome a entrar na lista deve ser dos caças MiG-21 modernizados, ainda hoje responsáveis pela defesa do espaço aéreo croata. Isso porque o país investe 1,2 bilhão de dólares para a aquisição de caças Dassault Rafale, em um pacote que inclui 12 aeronaves, armamentos, treinamento e suprimento logístico.

Ainda que sejam jatos usados pela força aérea da França, são da versão F3-R, atualmente a mais avançada. As primeiras oito unidades devem estar em serviço já em 2024. A proposta francesa superou o Saab Gripen, o F-16 V Block 70 e uma versão modernizada dos F-16 Barak usados por Israel. Acompra foi definida em maio de 2021.

Com a saída dos MiG-21 de serviço, em 2024, restarão apenas os mais de 20 Mi-17 ainda em operação para lembrar da época em que a Croácia era só uma parte da Iugoslávia, e quem nascia ali voava basicamente modelos fornecidos por Moscou. A frota atual já inclui os helicópteros OH-58 armados, UH-60 Blackhawk, Bell 206 e os treinadores suíços Pilatus PC-9.

Membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 2009, a Croácia segue o mesmo caminho de reequipamento com modelos ocidentais buscado por outros membros da OTAN que um dia fizeram parte do antigo Pacto da Varsóvia, como Polônia, Hungria, Romênia e Eslováquia. O recebimento dos caças Rafale também permitirá a participação em mais treinamentos e ações reais da OTAN.