AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Especialista explica o que fazer diante da greve da Air Canada

Foto: Adam Moreira

A Air Canada anunciou a suspensão gradual de suas operações aéreas, após o aviso de greve emitido pelo Sindicato Canadense de Empregados Públicos (CUPE), que representa cerca de 10 mil comissários de bordo da companhia. Segundo a empresa, a medida visa oferecer previsibilidade aos clientes e minimizar os impactos de uma paralisação desorganizada. Ainda assim, mais de 130 mil passageiros por dia devem ser afetados pela interrupção dos voos da Air Canada e da Air Canada Rouge.

Diante da instabilidade, surgem dúvidas sobre os direitos dos passageiros em casos de cancelamento de voos motivados por greves e impasses trabalhistas. A companhia afirma que oferecerá reembolso integral, alternativas de viagem e uma política flexível de remarcação. No entanto, essas soluções nem sempre são suficientes ou compreendidas com clareza pelos consumidores.

“É importante entender que, neste caso, a greve decorre de um conflito interno da companhia, o que significa que ela é responsável pelos prejuízos causados aos passageiros. Se o voo foi cancelado, a empresa deve oferecer suporte financeiro, seja com a remarcação ou com o reembolso integral”, explica Rodrigo Alvim, advogado especialista em Direito do Passageiro Aéreo.

Outra orientação do profissional é manter registros de qualquer tentativa de contato ou solicitação não atendida. “O ideal é gravar ligações, anotar protocolos e registrar reclamações em plataformas oficiais, como o consumidor.gov.br”, recomenda Alvim. “Se for necessário adquirir uma nova passagem por conta própria ou demais gastos, é fundamental guardar os comprovantes para uma possível ação judicial”, completa.

A Air Canada é a maior companhia aérea do país norte-americano, contando com uma frota de mais de 350 aeronaves voando para quase 200 destinos.

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