A nova reestruturação da Força Aérea Brasileira começou. Aconteceu hoje, 3 de julho, a solenidade de criação do Comando Aéreo Nordeste (COMAR II), localizado no Recife (PE). Ontem foi a vez do Comando Aéreo Leste (COMAR III), no Rio de Janeiro (RJ). À frente das novas unidades estão, respectivamente, o Brigadeiro do Ar Cesar Faria Guimarães e o Major-Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros.
O novo processo de reestruturação será conduzido até o fim de 2021. A principal novidade é a reativação dos Comandos Aéreos Regionais (COMAR) e dos comandos de bases aéreas. E será criado um novo COMAR, com sede em Campo Grande (MS). As Alas, criadas na última reeestruturação, ocorrida entre 2016 e 2018, continuarão a existir. A iniciativa é fruto de um estudo realizado pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), que apontou para a necessidade de resgatar a referência e a representatividade do COMAER no nível regional, além da separação efetiva das atividades operacionais e administrativas.
“É importante termos em mente a continuidade do Aprimoramento Operacional e Gerencial, com disposição e coragem para conduzir os ajustes necessários para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de nossa Força Aérea Brasileira. O Comando vai ter suas ações sempre baseadas nesse tripé: a representação regional, o apoio administrativo, por meio de suas organizações subordinadas e o suporte à atividade-fim da Força, o preparo e o emprego”, afirmou o Major-Brigadeiro Medeiros em seu discurso.
Os Comandos Aéreos terão suas atividades focadas na supervisão, coordenação e controle, na sua área de jurisdição, bem como na gestão administrativa das OMs subordinadas. O foco é mensurar o alcance dos objetivos estratégicos e metas correspondentes. “Está sendo reativado o Comando Aéreo Nordeste – II COMAR, com uma visão holística, que permitirá exercer a supervisão das Organizações Militares (OMs) subordinadas, baseadas em indicadores de desempenho, bem como retomar a representatividade do Comando da Aeronáutica na região Nordeste”, explicou o novo comandante do COMAR II, Brigadeiro Cesar.
Todos os Comando Aéreo Regionais terão nomes semelhantes comandos regionais do Exército Brasileiro. O COMAR II e III, do Recife e Rio de Janeiro, são designados Comando Aéreo do Nordeste e do Leste, respectivamente. O COMAR I, em Belém (PA), será o Comando Aéreo Norte. O COMAR IV, em São Paulo (SP), será o Comando Aéreo Sudeste. O COMAR V, em Canoas (RS), será o Comando Aéreo Sul. Em Brasília (DF), o COMAR VI terá o nome de Comando Aéreo Planalto. Manaus (AM) será a sede do Comando Aéreo Amazônico, o COMAR VII. E, como dito acima, Campo Grande (MS) foi selecionada para receber o Comando Aéreo do Oeste, o COMAR VIII. Todos devem ser comandados por um Oficial General, prefererencialmente Major-Brigadeiro do Ar (três estrelas).
De acordo com o Comando da Aeronáutica, nova mudança acontece para “resgatar a referência e a representatividade do Comando da Aeronáutica (COMAER) no nível regional, além da separação efetiva das atividades operacionais e administrativas das Organizações da FAB”. A reestruturação iniciada em 2016 havia estabelecido a criação das Alas e dos Grupamentos de Apoio (GAP), sendo as primeiras responsáveis pela parte operacional das unidades aéreas e também pela representação regional da instituição.
As Alas continuarão a existir, porém reforçadas pelos novos comandos das Bases Aéreas, que haviam sido descontinuados onde há uma Ala em operação. Pelo divulgado, na fase inicial se prevê que os GAPs serão incorporados às estruturas dos novos comandos das Bases Aéreas.
De acordo com a DCA 19-5/2020, o objetivo será adequar ainda mais as Alas à atividade operacional, com redução dos encargos administrativos. A proposta inicial é de que as Alas 2 (Anápolis), 8 (Manaus) e 10 (Natal) deverão ser comandadas por Brigadeiro do Ar. As Alas 1 (Brasília), 3 (Canoas), 4 (Santa Maria), 5 (Campo Grande), 11 (Galeão) e 12 (Santa Cruz) deverão ser comandadas por Coronel Aviador e as Alas 6 (Porto Velho), 7 (Boa Vista) e 9 (Manaus) poderão ser comandadas por Tenente-Coronel Aviador.
Um resultado prático será o aumento da hierarquia regional da Força Aérea Brasileira. Em Campo Grande (MS), por exemplo, até 2015 a autoridade máxima da instituição naquela cidade era um Coronel-Aviador, com subordinação ao então Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) e ao então COMAR IV, localizados em Brasília (DF) e em São Paulo (SP), respectivamente. Com a reestruturação de 2016, a Ala 5 passou a ser comandada por um Brigadeiro do Ar.
Agora, com a nova mudança, a cidade terá um oficial-general de três estrelas para o Comando Aéreo Oeste e um Coronel-Aviador para a Ala. O mesmo ocorrerá em Manaus, com um oficial de duas estrelas para a Ala e um de três para Comando Aéreo. Em Anápolis e Natal continuará a haver a representação de um Brigadeiro de duas estrelas, porém reforçados por seus comandantes regionais de três estrelas, em Brasília (DF) e Recife (PE).
A nova mudança não significará alteração no efetivo. Porém, serão necessárias adaptações nas sedes.
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Como sempre a Bahia desprestigiada em tudo….somente para ser utilizada como Hotel em trânsito, aqui também tem trabalho e excelentes profissionais, por que essa raiva da Bahia..perdemos quase tudo em matéria de F.A.