Com a sexta maior população do mundo (superando o Brasil) e a maior economia da África, impulsionada pela extração de petróleo, a Nigéria avalia a aquisição do cargueiro KC-390 Millenium como um passo para ampliar a capacidade estratégica da sua força aérea. A ideia é, além de substituir o par de C-130 Hercules em serviço, prover a capacidade de reabastecimento em voo para aeronaves de combate.
Além da necessidade de proteger seus campos petrolíferos marinhos, a Nigéria enfrenta há mais de dez anos a ameaça de uma insurgência islâmica, liderada por grupos como Boko Haram e Estado Islâmico. Para complicar ainda mais o cenário, o Níger, país vizinho, e outros da região, como Mali, Chade, Guiné e Burkina Faso têm passado por golpes de Estado que alteraram o quadro geopolítico.
O contexto já pegou a Nigéria em tentativa de reequipar suas forças armadas. Três caças sino-paquistaneses JF-17 Thunder foram recebidos oficialmente em maio de 2021. Meses depois, chegaram os seis primeiros de doze Super Tucano. A compra de mais aeronaves de combate também está em análise. Enquanto isso, há planos de no próximo ano anunciar o substituto do par de Hércules atualmente em serviço.
O KC-390 sequer era cogitado. Estavam no páreo somente o norte-americano Lockheed C-130J Super Hercules, o europeu Airbus A400M Atlas e o chinês Shaanxi Y-9. Porém, a Embraer fez a oferta do jato de fabricação brasileira ao governo nigeriano no início deste mês. O número de aeronaves a ser adquirido, contudo, ainda está em definição.
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