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Qual a maior bomba da Segunda Guerra Mundial?

Não foi nem uma bomba atômica, sequer foi uma bomba dos Estados Unidos. Há exatos 75 anos, em 19 de março de 1945, um Avro Lancaster B. Mk1 com modificações especiais lançava sobre Ansberg, na Alemanha, uma bomba de 9.979 kg. Chamada de Grand Slam, a arma foi usada com sucesso pelo menos 38 vezes durante ataques aéreos realizados no primeiro semestre de 1945, sempre conta forças nazistas.

O projeto previa uma arma tão pesada que fosse capaz de penetrar no solo e causar um verdadeiro terremoto, sendo capaz de destruir alvos bem protegidos. Oficialmente designada Bomb D.P 22.000lb Mk1, a bomba tinha 8,747 metros de comprimento e 1,168 metros de de diâmetro.

Por causa do tamanho, só um Avro Lascater do esquadrão 617 da Royal Air Force, “The Dambusters”, foi modificado para recebê-la. Ainda assim, o resultado não foi o esperado. O bombardeiro deveria lançá-la de grande altitude, de forma que durante a queda a “Grand Slam” atingisse velocidade supersônica, mas, devido ao peso, só foi possível voar a até 2.743 metros.

Little Boy

Já a bomba atômica lançada pelos Estados Unidos sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki eram menores e mais leves. O apelido da primeira, aliás, era “Little Boy”. Ainda assim, uma arma respeitável: 4 toneladas de massa, 3,2 metros de comprimento e 71 centímetros de largura. O “recheio” nuclear, porém, faria toda a diferença: os 15 kilotons foram o suficiente para matar 70 mil pessoas.

Pai e Mãe de todas as bombas

Em 2003, os Estados Unidos coloaram em serviço a GBU-43/B Massive Ordnance Air Blast. A sigla “MOAB” também serve para o seu apelido: “Mother of All Bombs”. Com 9.800 kg de massa total, tem comprimento de 9,18 metros e diâmetro de 1,03 metros. Os únicos aviões da USAF capazes de lançar são os MC-130E Combat Talon, uma versão modificada do C-130 Hércules. Em 2013, um complexo de túneis no Afeganistão ocupado por forças do ISIS foi alvo da arma, que deixa um raio de destruição de 150 metros.

Em 2007, a Rússia colocou em serviço a Aviation Thermobaric Bomb of Increased Power (ATBIP), apelidada de “Pai de todas as bombas”. Apesar de menor, com 7.100 kg de massa, a arma é descrita pelos russos como capaz de proporcionar a mais potente explosão não nuclear, informação desmentida pelos americanos. O raio de destruição total seria de 300 metros.

Os Estados Unidos atualmente já teriam em seu acervo a GBU-57 Massive Ordnance Penetrator (MOP), de 13.620 kg, cujo poder ainda é desconhecido. As “super bombas” da atualidade existem para, conforme os russos explicitaram ao divulgarem sua ATBIP, causarem um efeito semelhante a uma boma nuclear tática sem escalar o conflito para uma proporção de guerra nuclear.

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