O Pentágono vai pagar 25 milhões de dólares para a Lockheed Martin no contexto do programa de desenvolvimento de armas paletizadas, o que vai permitir adaptar aeronaves como o C-130 Hércules e o C-17 Globemaster III em plataformas de lançamento de mísseis. Esta é a quarte fase do programa e vai incluir o desenvolvimento de um demonstrador.
A expectativa é que os cargueiros possam levar grandes quantidades de mísseis Joint Air-to-Surface Standoff Missile Extended Range (JASSM-ER). O Air Force Research Laboratory and Air Force Special Operations Command (AFSOC) divulgou que, em janeiro, conseguiu realizar o lançamento de réplicas de seis mísseis cruzeiros a partir da rampa de carga de um Lockheed Martin MC-130J Commando II.
Aeronaves desse tipo já foram utilizadas para lançar bombas de queda livre, geralmente de grande tonelagem. Porém, o lançamento de mísseis é diferente, pois as armas precisam ser lançadas de forma a conseguirem, segundos depois, entrarem no seu envelope de voo necessário para seguirem até o alvo.
O conceito em desenvolvimento é o de “Arsenal Plane”: uma aeronave pesada com vários mísseis cruzeiro a bordo capaz de lançá-los a grande distância dos seus alvos. Se, por um lado, o avião cargueiro não possui a velocidade ou os sistemas de guerra dos bombardeiros, por outro os mísseis devem ser melhor desenvolvidos, sendo semiautônomos e a até voarem em esquadrilhas compostas por aeronaves de combate tripuladas e não tripulados.
A bordo dos cargueiros, os mísseis são acomodados dentro de “pallets inteligentes”, que fornecem dados de posição, navegação e alvos. Ao ser lançado, os pallets também liberam os mísseis de acordo com a dinâmica necessária para a missão.
A principal vantagem do ensaio é que o número de mísseis a bordo pode ser elevado. Também não há uma degradação do desempenho do cargueiro quando comparado aos antigos testes de mísseis cruzeiro instalados sob as asas. Dependendo dos resultados, a USAF pode até reduzir sua frota de bombardeiros para substituí-los por essa solução, apontada como mais barata tanto em termos de desenvolvimento quanto de operação. As aeronaves mantém, inclusive, a capacidade de realizar missões de transporte.
Hoje, a USAF já dispõe de mais de 400 cargueiros C-130 Hércules e C-17 Globemaster III em serviço.
Rússia
Enquanto isso, na Rússia, o Ministério da Defesa divulga vídeos em que tripulações de aeronaves de transporte Il-76MD treinam missões de ataque. São voadas missões com disparos a baixa altura com o canhão traseiro de 23mm, porém os alvos não são aeronaves interceptadoras, e sim posições em solo.
Os Il-76MD também são usados para lançar bombas de treinamento, levadas em pilones sob as asas. Pelo porte das aeronaves é possível conceber o uso de armamentos mais pesados. Os Il-76MD também são equipados com suíte de autodefesa, incluindo lançadores de chaff e flare.
Tripulações de aeronaves de transporte mais leves, como o An-26, também tem treinado missões de ataque. As aeronaves receberam pilones nas asas para levarem bombas.
Assista abaixo a imagens de um treinamento com um cargueiro Il-76MD:
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