O plano de Moscou para substituir aeronaves comerciais europeias e americanas por modelos fabricados na própria Rússia parece se consolidar. A empresa Aeroflot fez uma encomenda de 323 jatos, sendo 210 Irkut MC-21, 40 Tupolev Tu-214 e 73 Sukhoi Superjet.
A atual frota da Aeroflot é de aproximadamente 180 aeronaves, quase todas fabricadas pela Airbus e Boeing, com destaque para 100 aeronaves da família A320/321, 35 Boeing 737 e 20 Boeing 777. As sanções econômicas impostas pelo Ocidente significaram dificuldades para as equipes de manutenção e a suspensão de entregas, como o caso de 13 Airbus A350-900 que ficaram retidos – alguns deles já estavam até com a pintura da Aeroflot.
Agora, a compra de aeronaves nacionais teve o envolvimento do próprio presidente Vladimir Putin na negociação. Não foi apresentada para a imprensa o cronograma de entregas, mas o presidente da Aeroflot, Sergey Alexandrovsky, disse ainda ser necessário investir no treinamento de novos tripulantes e mecânicos. A empresa deve receber mais oito simuladores.
Criada em 1923, a Aeroflot ainda tem 51% das suas ações sob controle do governo russo, porém minha experimentando uma forte abertura nas últimas décadas. Antes da invasão russa à Ucrânia, a companhia voava para 146 destinos em 52 países e fazia parte da aliança SkyTeam. Isso foi suspenso nos últimos meses e permaneceram as rotas apenas para Rússia e Bielorrúsia.
De acordo com a Rostec, a Rússia planeja produzir 110 aviões comerciais até 2025 e mais de 500 até 2030.
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