AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Rússia recebe drones do Irã para reforçar combates na Ucrânia

Drones Shahed 121 e Shahed 129. Foto: Meysan Mah'abadi

A Rússia deverá contar com reforço na sua ofensiva sobre o território ucraniano. Fontes do Pentágono já confirmam que o Irã fez o envio do primeiro lote de drones Mohajer-6 e Shahed. As aeronaves estariam em território russo desde o fim de agosto e não há confirmação de quando entram em ação. Ou se já entraram.

Essas aeronaves desenvolvidas e produzidas no Irã podem desempenhar missões de ataque, reconhecimento, inteligência, designação de alvos e guerra eletrônica. De acordo com a imprensa norte-americana, o Pentágono avalia que serão “centenas” de unidades transferidas para a Rússia.

O drone Mohajer-6. Foto: Mohsen Ranginkaman

O Qods Mohajer-6 entrou em serviço em 2017, provavelmente. Tem 10 metros de envergadura e 5,67 metros de comprimento. A carga útil máxima é estimada em 100 kg, podendo incluir sensores ou bombas guiadas. A autonomia é de 12 horas. O Irã já o utilizou contra guerrilheiros dos grupos PKAK e Jaish ul-Adl. A Venezuela já anunciou ter recebido um número não confirmado deles, havendo, inclusive, transferência de tecnologia.

Já o Shahed tem duas versões: o Shahed 129 entrou em serviço em 2013 e leva até 400 kg de carga, entre sensores ou até quatro bombas guiadas. Sua autonomia chega a 24 horas, graças aos 16 metros de envergadura. O modelo tem, comprovadamente, uma longa ficha de serviços no conflito realizado na Síria, inclusive na guiagem dos mísseis balísticos utilizados contra alvos do Estado Islâmico em 2017.

Shahed 149 Gaza. Foto: Wikimedia Commons

Nos dias 8 e 20 de junho de 2017, dois Shahed 129 foram abatidos na Síria por caças F-15 E Strike Eagle dos Estados Unidos, supostamente após adotarem perfil de voo considerado hostil. Curiosamente, também em 20 de junho, outro Shahed foi destruído por um caça JF-17 após alegadamente cruzar a fronteira com o Paquistão.

Dele foi desenvolvido o Shahed 149 Gaza, introduzido em serviço em 2022 e apontado, sob muitos aspectos, como similar ao norte-americano MQ-1 Predator. Seus 21 metros de envergadura e 10,5 de comprimento permitem voos de até 35 horas a até 7.000 km de distância da base e 11.000 metros de altura, a uma velocidade de cruzeiro de 350 km/h. A carga útil é de meia tonelada, podendo incluir até 13 bombas e sistemas como câmeras diurnas e noturnas, sensor termal, telêmetro a laser e designador de alvos. A comunicação é feita por satélite.

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