AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Skyhawk ganha destaque no Brasil em missões de esclarecimento marítimo

Foto: Marinha do Brasil

Desenvolvido como aeronave de ataque ao solo e, por conta da sua manobrabilidade, reconhecido para combate aéreo, o A-4 Skyhawk tem se destacado no Brasil para missões de esclarecimento marítimo. A Marinha do Brasil, última força naval a utilizar o jato, divulgou ter realizado, em maio, voos nos limites das águas jurisdicionais brasileiras, com destaque para a operação a partir de Fernando de Noronha e do sobrevoo do Atol das Rocas.

AF-1 Falcão próximo ao Atol das Rocas. Foto: Marinha do Brasil

Único vetor de asa fixa a Marinha do Brasil, o A-4 Skyhawk, designado por aqui como AF-1 Falcão, acaba se destacando pela possibilidade de ir mais longe e mais rápido que os helicópteros. Essa capacidade de mostrar presença e identificar o que está no mar se tornou ainda mais apreciada após a instalação do radar Elta 2032 após o processo de modernização, realizado há dez anos. De fato, em poucos minutos após a decolagem já é possível identificar tudo o que há até o limite da Zona Econômica Exclusiva, como explicado na edição Nº 105 da Revista ASAS. Porém, a autonomia impede a permanência por muitas horas no local.

AF-1 em operação em Fernando de Noronha. Foto: Marinha do Brasil

Esse uso pouco previsto para o Skyhawk – a Marinha do Brasil chegou a usar o termo “patrulha” nos comunicados sobre as missões dos caças – ocorre em um contexto da falta de armamentos avançados para jatos, que nunca tiveram capacidade de lançar armamentos de longo alcance, seja para alvos aéreos, terrestres ou navais. Também há uma decrescente operacionalidade da aviação de patrulha, ainda a cargo da Força Aérea Brasileira, que conta com aviões P-95M Bandeirante Patrulha e P-3AM Orion.

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