A informação de que um par de jatos de quinta geração Su-57 Felon foi entregue pela Rússia à Argélia marca mais que a primeira exportação do novo jato de combate. O reforço para a força aérea argelina representa uma mudança no equilíbrio de forças no Mediterrâneo, tanto na África quanto na Europa.
Ex-colônia da França até 1962, tendo conseguido a independência após quase 18 anos de conflitos, a Argélia também se opõe ao Marrocos, que recebe apoio das potências ocidentais. A partir de 2011 o Marrocos começou a receber 24 caças F-16C/D dos EUA. Agora, o país 25 F-16V, versão mais atualizada, e a modernização dos demais.
Países do norte da África também mantêm competitividade estratégica com nações europeias, mais notadamente Espanha, França, Itália e Grécia, sobretudo no que diz respeito ao controle do Mediterrâneo. Há, ainda, outras forças com presença constante na área, como os Estados Unidos e o Reino Unido, que contam com bases na região.
Com o recebimento dos Su-57, a Argélia se tornará o terceiro operador de caças stealth na região do Mediterrâneo: Israel e Itália contam com o norte-americano F-35 Lightning II. França e Espanha têm como principais vetores de defesa aérea seus caças Rafale e Eurofighter, considerados uma geração anterior aos novos caças argelinos.
Líder regional com jatos russos
A Argélia também iniciou o recebimento dos jatos de ataque Su-34 Fullback e de caças Su-35S, a versão mais moderna do Flanker. incluindo o novo motor AL-41, com empuxo vetorado, radar de varredura eletrônica passiva (PESA) Irbis-E e novos mísseis ar-ar de longo alcance R-37M.Com essa compra, a Argélia se posiciona como um dos principais clientes de caças da Rússia.
O país já tem laços com a Rússia desde a sua independência, em 1962, e conta atualmente com cerca de 40 MiG-29, 70 Su-30MK e 40 Su-24, além de reabastecedores Il-78, cargueiros Il-76 e uma série de helicópteros russos.
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