AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA MODELISMO

Superando F-16 e C-130, KC-390 ganha prêmio simbólico e se destaca na Europa

KC-390 com premiação na RIAT 2024. Foto: Força Aérea Portuguesa

O KC-390 Millenium da Força Aérea Portuguesa (FAP) ganhou o prêmio “Concours d’Elegance” durante o festival aéreo Royal International Air Tattoo (RIAT), que acontece neste fim de semana na Base Aérea de Fairford, Inglaterra. A aeronave fabricada no Brasil impressionou no evento que tem mais de 130 modelos expostos, entre caças como F-15, F-16 e Eurofighter Typhoon; cargueiros C-130 Hércules, A-330MRTT e C-17 Globemaster III; e modelos históricos, como o Vought F4U Corsair, North American P-51D Mustang e Douglas C-47B Dakota.

Dividida em três categorias: aeronave militar, aeronave civil e o grande vencedor, a premiação, concedida neste sábado, é um reconhecimento às aeronaves mais apresentáveis que estão em exposição no evento, que tem a expectativa de receber até 150 mil visitantes ao longo de três dias. O KC-390 levou o grande prêmio, mesmo em meio às festividades dos 50 anos do primeiro voo do caça norte-americano F-16 Fighting Falcon: 17 jatos deste modelo, de doze países diferentes, participam da RIAT em 2024.

Campanha de vendas

O prêmio de elegância ao KC-390 vem no contexto de promoção da aeronave na Europa: Portugal, Hungria, Países Baixos (Holanda), Áustria e República Tcheca já selecionaram o modelo da Embraer no velho continente, além da Coreia do Sul e do próprio Brasil. Portugal fez uma encomenda de cinco unidades, das quais duas já foram recebidas. Ainda que simbólico, o prêmio na RIAT 2024 ajuda a promover a aeronave brasileira.

KC-390 de Portugal. Foto: Embraer

Estados Unidos, Suécia e outros quatro países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão no foco da Embraer para a venda do cargueiro tático KC-390 Millenium, em uma configuração que traz tecnologias exclusivas para as nações da Aliança, com destaque para modificações na suíte de comunicações. As unidades já vendidas para Portugal, Países Baixos e República Tcheca serão todas entregues com essas modificações.

As vendas para a Europa não devem parar por aí. Além das negociações com a Suécia, publicamente comentadas pelo governo brasileiro como uma compensação para uma eventual aquisição de mais caças F-39 Gripen para a Força Aérea Brasileira, pelo menos outros quatro países europeus já estariam em negociação para a compra do KC-390.

KC-390 da Força Aérea Brasileira. Foto: Bianca Viol

Além da substituição dos C-130 de antiga geração, também estão na mira aeronaves de origem soviética e russa. É o caso da Índia, onde o KC-390 poderá substituir a frota de Antonov 32. Outro negócio de destaque poderá ocorrer na Arábia Saudita, operadora de velhos C-130. Ambos os negócios podem se desenrolar nos próximos quatro anos.

A linha de montagem ainda está longe da sua capacidade máxima e poderá chegar a 18 aeronaves produzidas ao ano: em 2024, foram quatro. Isso significa que há espaço para mais clientes. O plano é escalar essa produção anual até 2030, chegando a doze unidades em 2030, o que também tem exigido esforços em termos de cadeia de suprimentos.

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